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Notícias / Política

Fávaro afirma que o clima é maior ‘ativo’ de MT e adverte que desmatamento será punido

Da Redação - Ronaldo Pacheco

O maior ativo do agronegócio de Mato Grosso é o clima e quem insistir no desmate ilegal vai sofrer com a repressão da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). O alerta partiu do vice-governador Carlos Fávaro (PSD), titular da Sema, ao anunciar que não vai medir esforços para honrar o compromisso de zerar o desmatamento ilegal em Mato Grosso, firmado pelo governador José Pedro Taques (PSDB) na Conferência do Clima (COP21), em Paris.
 
“Porque MT é o recordista na produção de grãos e alimentos? Porque o nosso maior ativo é o clima. Temos um clima propício para a produção. Temos um clima muito bem definido. De nada valem todos os outros ativos, se não chover. No deserto não se produz alimentos”, afirmou Fávaro, sobre a decisão ferrenha de zerar o desmatamento e punir os que insistirem em permanecer na ilegalidade.

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“É certo que o desmatamento zero é uma medida ousada, sem dúvida, que vai marcar a sustentabilidade de Mato Grosso. Os demais estados do Brasil assumiram o compromisso de zerar até 2030, enquanto Mato Grosso colocou como meta 10 anos antes. E a meta é ousada, mas factível: zerar o desmatamento até 2020”, observou o secretário de Meio Ambiente, para a reportagem do Olhar Direto.
 
O vice-governador lembrou que Mato Grosso é o maior produtor nacional de soja, milho, algodão, girassol e carne, porque é gigante na sustentabilidade. “Temos 62% de nosso território completamente intocado. Será que o nosso maior ativo da riqueza mato-grossense são as nossas terras? Ou a nossa gente, vocacionada a produzir alimentos?  
Será que é a pesquisa, para cada vez produzir mais? Ou serão os equipamentos? Nada disso! Nosso maior ativo é o clima, porque chove na hora certa, na dose certa”, avaliou ele.
 
Diante da meta ousada de preservar os 62% intocável e, ainda, zerar o desmatamento ilegal, Fávaro crê que isso só será possível com o despertar de consciência dos próprios produtores. Por isso, o Cadastro Ambiental Rural (CAR) está sendo facilitado.
 
“Vamos fazer o CAR corretamente e diagnosticar os passivos que as propriedades têm.Vamos encontrar os mecanismos da regularização para o Programa de Recuperação Ambiental [PRA] de cada a propriedade”, ensinou ele.
 
“Mas vamos investir também repressão, para quem não quer a legalidade. Vamos instalar uma base avançada na região Noroeste, em Juruena ou Cotriguaçu. E vamos incentivar a produção dentro da legalidade; quem quiser viver ilegal, vamos trabalhar para prender e embargar”,  detonou Carlos Fávaro.
 
O secretário de Meio Ambiente lembrou que, em 2016, houve redução de 19%no desmatamento ilegal. Ele lamentou que 50% esteja em propriedades com menos de 50 hectares, o que dificulta sobejamente a fiscalização. “Cada vez mais, vamos precisar das imagens de satélites e do pessoal em campo”, resumiu Fávaro.
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