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Notícias / Economia

Mato Grosso fica sem abastecimento de GNV e Governo entra com ação na Justiça

Da Redação - Vinicius Mendes

A empresa Âmbar Energia, que vendia Gás Natural Veicular (GNV) vindo da Bolívia para a Petrobrás, teve seu fornecimento extinto após ter sido citada na Operação Lava Jato. Empresas e motoristas de Mato Grosso se viram prejudicados com a situação e o Governo do Estado já entrou com uma ação na Justiça para que o fornecimento retorne.

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De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Mato Grosso (Sindipetróleo) apenas dois postos em Cuiabá ainda faziam comércio de GNV, um localizado na Avenida Palmiro Paes de Barros e outro no cruzamento das avenidas General Mello e Miguel Sutil.

O fornecimento de GNV começou em Cuiabá em 2005, com oito postos fazendo a comercialização. Um tempo depois o número aumentou para 12 postos, mas atualmente apenas dois ainda faziam a venda. O Sindipetróleo não soube confirmar quantos motoristas foram afetados com a interrupção do fornecimento.

Junior Tuca Meira Gomes é um dos motoristas que foram prejudicados. Ele afirma que precisa do combustível para trabalhar e que espera uma solução breve.

“Sou motorista Uber e tenho meu carro movido a GNV. Desde a terça-feira passada foi cortado o fornecimento de GNV em Cuiabá nos dois postos. Já se passaram esses dias e toda a classe, e toda a população que depende do gás natural tanto para o trabalho quanto para se locomover estão aí largados, abandonados sem a falta desse combustível”, disse o motorista.

O Sindipetróleo também afirmou que o que pode fazer é continuar pressionando o Governo do Estado para que consiga encontrar alguma solução.

A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) afirmou que já entrou com ação na Justiça para que a empresa responsável pelo fornecimento do gasoduto volte à distribuição normal.

A empresa tem ligação com a JBS e o combustível era importado pela Petrobrás. Com os escândalos políticos envolvendo a empresa, na Operação Lava Jato, o presidente Michel Temer decidiu interromper as atividades e com isso a distribuição ficou comprometida.

A Sedec ainda afirmou que o Governo vem se mobilizando para tentar o quanto antes reverter o quadro. Inclusive, um representante da empresa está vindo para Cuiabá para tentar agilizar o processo.
 
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