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Notícias / Agronegócio

Setor produtivo critica incompetência do governo de MT e a elevada carga tributária

Especial para o Agro Olhar - Thalita Araújo

O governo do Estado está com a imagem suja perante o setor produtivo do agronegócio. Nesta terça-feira, a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) reuniu representantes de sindicatos rurais de diversos municípios, além de outras organizações relacionadas ao agronegócio, para discutir uma lista de insatisfações com a administração estadual. Para os líderes ruralistas, a administração estadual está na "contramão da história".

Entre as reclamações, a carga tributária considerada altíssima e insustentável pelos produtores, o sucateamento do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) - que está sem condições de trabalho -, a demora na tramitação de processos ambientais e a total falta de transparência na utilização dos recursos provenientes do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab), cujo conselho foi suspenso.

Todos esses pontos seriam gargalos que atrapalham o bom funcionamento e o desenvolvimento do agronegócio, atividade que sustenta a economia mato-grossense e que, segundo a classe, deveria receber mais atenção do Palácio Paiaguás.

O presidente da Famato, Rui Prado, ressalta que as demandas são as mesmas há algum tempo e há unanimidade entre os produtores rurais. Segundo ele, o governo já foi procurado e questionado diversas vezes sobre todas as pautas da reunião.

O presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), José Bernardes, ressaltou que o Executivo estadual não tem dado a devida atenção aos problemas que incomodam a classe. “A gente conversa com o governo, ele diz que faz tudo. Viramos as costas e eles não fazem nada”.

“A incompetência do Governo do Estado é generalizada”, alfinetou o vice-presidente da Famato, Normando Corral. E Prado acrescentou que, agindo desta forma, a administração de Mato Grosso está caminhando na contramão do desenvolvimento do país.

O presidente da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Carlos Fávaro, afirmou que, por diversas vezes, foram feitas reuniões das entidades ligadas ao agronegócio com o governador e pastas específicas, apontando os gargalos, mas sem soluções em troca.

Ao final da reunião, juntaram-se aos produtores representantes do governo, convidados para ouvir as demandas e prestar esclarecimentos. Estiveram presentes o secretário de Meio Ambiente, Vicente Falcão, o secretário de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar, Carlos Milhomem, um representante da Secretaria de Fazenda e o presidente do Indea, Jurandir Ribas.

A reunião foi mais focada na discussão dos problemas e de que forma eles ocorrem, do que no planejamento de ações. Na realidade, a grande ação proposta foi a "pressão" junto ao Poder Executivo estadual, já que só o governo pode contribuir de maneira decisiva na eliminação de tais gargalos.

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