Na sociedade da informação todos estão aprendendo a conhecer, a comunicar-se e a buscar as transformações necessárias através dos processos de aprendizagens decorrentes da integração dos profissionais da educação aos recursos tecnológicos computacionais e outros inúmeros recursos que rodeiam o universo escolar. 
 
Nessa perspectiva poderíamos afirmar que o computador vai substituir o professor. Estou falando, é claro, do professor transmissor de conteúdos, aquele que apresentava conteúdos que serviam para todas as turmas e dos textos que deviam ser lidos sempre do mesmo modo, à prova de qualquer contexto. Aquele a quem cabia apresentar repetidamente conteúdos prontos a pessoas que não sabiam quase nada. Aquele que não permitia vozes divergentes, a multiplicidade de olhares. A transmissão de dados poderá passar a ser feita pelo computador de um modo muito mais interessante: com recursos de animação, cores e sons e interatividade real; talvez assim o aluno assuma um papel até mais ativo, buscando por sua conta os temas que deseja aprofundar. Algo excluído há muito tempo do currículo entrará na escola: a própria vida do estudante. Então caberá ao professor reinventar sua profissão.
 
Todo professor, assim como pressupõe conhecedor do livro enquanto mídia, também deverá conhecer o funcionamento do computador, entretanto, do ponto de vista educacional, isso não alterará a forma com que os conteúdos curriculares e extracurriculares serão abordados, visto que a pura transferência dos métodos expostos como está convencionado na lógica linear do livro, que muitas vezes de forma errada foram transferidos para o quadro negro sem proporcionar verdadeiramente ao aluno a arte do aprender.
 
 Dentro de um laboratório de informática educativa, o computador, só alterará a lógica da transmissão, pois essa ferramenta depende além da atuação do professor regente de sala de aula, de muitos outros perfis profissionais, especialmente aqueles profissionais licenciados em computação, cujas competências possibilitarão o ensino da Informática como instrumento educacional, bem como os Técnicos Facilitadores nos LIEDs.
 
Portanto, toda e qualquer ação educativa promovida no chão da escola e nesta destaca a função do laboratório de informática educativa, apesar de o computador ser apenas um dos recursos tecnológicos que podem ser utilizados em sala de aula, este se diferencia devido ao poder de interação que proporciona aos usuários, e pela possibilidade de simulações que enriquecem o trabalho docente, porém, é na forma com que este será utilizado na escola, que irá determinar ou não, se o seu uso se dá realmente de maneira educativa.
 
Sendo assim, entra em questão a mudança da abordagem educacional, ou seja, transformar uma educação centrada no ensino, na transmissão de informações, para uma educação em que o aluno possa realizar suas atividades com autonomia e independência e assim construir seu próprio conhecimento.
 
Entretanto, para que de fato a escola possa utilizar o computador para a realização de uma prática transformadora, remontando essas percepções mencionadas acima, terá que pensar em vários aspectos fundamentais desse processo; entre eles, o papel do professor.
 
Este por sua vez terá que passar por um processo de formação que ofereça condições para que aprenda efetivamente a usar o computador, bem como articular suas potencialidades diante dos objetivos curriculares ou de projetos educacionais. Nesse contexto, somente a partir de ações concretas nesse sentido, podemos dizer que o computador assume um papel fundamental de complementação, de aperfeiçoamento, de possíveis mudanças na qualidade do ensino oferecido pelas escolas e que possibilita a criação de ambientes favoráveis à produção de aprendizagens significativas por parte do aluno.
 
Marilea Cristina Coelho de Souza – Tecnologo Gerencialmente em Serviços Executivos.
 
Maria da Gloria de Souza Neta – Especialista Psicopedagogia Licenciada em Pedagogia.
 
Lindimar Regina de Souza Oliveira Camargo – Especialista  Psicopedagoga Licenciada em Letras.