Olhar Direto

Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Opinião

Império

A chamada em questão remete-nos a novela global, com grande índice de audiência “Império”. O tema em questão abordado pela mesma encanta e fascina a todos, principalmente, quando se trata de  dinheiro e poder, ai, a coisa muda de figura, acaba aguçando nas pessoas um maior interesse, na maioria das vezes, esses impérios são construídos com: sangue, poder, injustiça, sobreposição de valores éticos, morais e institucionais, a  maioria deles vão à bancarrota, como aconteceu na novela em questão. Saindo da ficção, voltando a nossa realidade, ainda assim,  a coisa não muda de figura.

O Estado de Mato Grosso, rico, promissor, viveu e continua vivendo verdadeiras dinastias, que vem se perpetuando,  há  anos e mais anos, muitas delas, construídas com muita luta e trabalho, outras; infelizmente, construídas com esperteza, certeza da impunidade, prevaricação, malversação de dinheiro público além de outros ilícitos. Seu algoz, ao contrário, do que acontece na novela, não se trata de Fabríco Melgaço, e sim, do Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público Estadual (MPE), Polícia Federal (PF) e por ai vai. 

O Estado de Mato Grosso, embora de forma subliminar, vem quebrando paradigmas através do Poder Judiciário, com Juízes com capacidade e prerrogativas de julgar, de acordo com as regras constitucionais, independentemente de quem sejam os citados, como aconteceu recentemente, com o ex-deputado estadual José Geraldo Riva.

Este senhor, conforme denúncia oferecida pelo Ministério Público Estadual (MPE), denúncia esta, que  resultou na “Operação Imperador”, que investiga desvio de dinheiro público por meio de licitações e pagamentos fraudulentos.

Sua prisão aconteceu no dia 21 de fevereiro, acusado de desviar mais de R$ 60 milhões dos cofres públicos por meio de fraude em licitação.

A medida tem como origem a “Operação Imperador”, desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).

 De acordo com o Gupo, o esquema se dava por meio de falsas aquisições de materiais de expediente junto a cinco empresas do ramo de papelaria, segundo as investigações, todas elas eram de “fachada”.

O maior descalabro por certo, aconteceu no tocante à venda de toners. Só para ter ideia, em apenas um ano, as empresas venderam mais de 30 mil toners à Assembleia Legislativa, que à época dos fatos, contava com apenas 150 impressoras, é mole ou quer mais.

Obviamente, foi facultado a esse senhor, direito a ampla defesa, assim como preconiza a Constituição vigente em nosso país, e abre um precedente a mais, a delação premiada, benefício legal concedido a um criminoso delator, que aceite colaborar nas investigações.

Pare o mundo, quero descer!

Professor Licio Antonio Malheiros é geógrafo (liciomalheiros@yahoo.com.br)
 
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