Olhar Direto

Sexta-feira, 29 de março de 2024

Opinião

O homem e a máquina

O avanço extraordinário da tecnologia nos últimos anos me levou a escrever artigos dizendo que a máquina tinha, finalmente, vencido o homem. 

Com o desastre do avião alemão nos Alpes franceses e a divulgação dos resultados das primeiras investigações, mudei meu conceito. 

O homem venceu a máquina ao derrubar o mais pesado que o ar, e que voa com toda segurança apoiado na mais moderna tecnologia. 

Após o atentado terrorista de 11 de setembro contra as Torres Gêmeas em Nova York, os técnicos em segurança de voo blindaram a porta de acesso à cabine dos pilotos - ela só poderia abrir por dentro. 

Pelas informações até agora recebidas, o copiloto, em um momento de total insanidade mental, e aproveitando por minutos a saída do comandante da cabine da aeronave, fechou e travou a porta blindada e desligou o piloto automático. 

Com o mancho nas mãos embicou para baixo o Airbus A320 em direção às montanhas do território francês, não atendendo aos apelos do comandante para entrar na cabine de comando. 

Era o homem vencendo a tecnologia. 

Como explicar um ato em que cento e quarenta e nove passageiros e tripulação são cruelmente sacrificados? 
As vítimas - dezenas de crianças, estudantes, trabalhadores e idosos - tiveram suas vidas ceifadas por um ato que traumatizou o mundo. 

O desventurado jovem piloto de há muito trabalhava em “morte cerebral” sem que ninguém percebesse, aguardando o instante ideal para concretizar a sua morte física. 

Os instrumentos do avião não registraram nos momentos que antecederam ao choque com a montanha nenhum sinal que revelasse alterações das suas funções vitais, como distúrbios da respiração, pulso e pressão arterial. Tudo aconteceu em silêncio total. 

Nenhuma mensagem ou uma palavra sequer, afastando a hipótese de suicídio, que é sempre um ato solitário. 
Com certeza novas medidas de segurança serão adotadas nas máquinas voadoras, mas, o que necessitamos mesmo é de monitores para entenderem o nosso ainda indecifrável cérebro.

Gabriel Novis Neves
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