Olhar Direto

Quarta-feira, 24 de abril de 2024

Opinião

Ranking perverso

Das 17 Leis Ambientais existentes em nosso país, todas tem  importância singular na vida das pessoas, porém uma delas tem que ser respeitada com maior intensidade, conforme preconiza a lei número 4.771 de 15/09/1965, conhecida com Lei das Florestas “determina a proteção de florestas nativas e define como área de preservação permanente (onde a conservação da vegetação é obrigatória) uma faixa de 30 a 500 da margem dos rios, de lagos e de reservatórios, além de topos de morros, encostas com declividade superior a 45 graus e locais acima de 1.800 metros de altitude”.

É preocupante, quando assistimos de camarote, a destruição desenfreada das nossas florestas, através da ganância exacerbada de algumas pessoas, que no afã de levar vantagem, acabam de forma sorrateira tirando proveito dessa situação, tirando madeira ilegal, colocando nosso estado no topo ranking do desmatamento predatório no Brasil.

De 1988, ano em que foi promulgada a última constituição no Brasil, ao ano de 2013, foram desmatados 402.614 km² nos nove estados brasileiros localizados dentro da Amazônia. Desde o ano da promulgou da Constituição Federal, Pará e Mato Grosso são os estados que mais desmataram entre todos, em termos absolutos.

Mantendo ainda essa variação de 1988 a 2013, em linhas gerais, considerando áreas da Amazônia Legal e outras áreas, em meio ao avanço das fronteiras agrícolas em direção à floresta nos últimos 25 anos, Mato Grosso foi o campeão em  desmatamento, com 137.251 Km², contra 136.127 Km² do estado do Pará.
Este ranking vergonhoso e imoral, é resultado da falta de obediência das leis existentes, a flexibilização das mesmas na maioria das vezes acaba resultando em prejuízo a todos nós, com: calor escaldante, mudanças abruptas de temperaturas, além da baixa umidade relativa do ar, que em nosso estado, se aproxima a de deserto.

A efervescência no momento da disputa política, á Presidência da Republica, acaba na verdade criando  verdadeiros abismos, entre aquilo que é legal e, aquilo que é populista e oportunista, tendo em vista, a tentativa exacerbada de algumas pessoas em mostrar desmandos, no Ministério do Meio Ambiente, em gestões passadas; quando a então Ministra Mariana Silva, fazia valer o que realmente preconiza a lei 4.771, que dispõe sobre floresta, por isso, a  mesma foi  taxada de linha dura; se os desmatamentos continuarem nessa toada, em breve não teremos uma árvore em pé.  

Pare o mundo, quero descer

Professor Licio Antonio Malheiros é geógrafo (liciomalheiros@yahoo.com.br)
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