Olhar Direto

Sexta-feira, 29 de março de 2024

Opinião

Religião e política

Recente pesquisa nacional nos informa que noventa e sete por cento dos brasileiros acreditam em Deus. 

O assunto religião e fé ficam mais expostos no período eleitoral. Todos os candidatos a cargos eletivos fazem verdadeiras peregrinações pelas igrejas e templos: judaicas, cristãs, africanas, muçulmanas, budistas, islâmicas ou outras de manifestações de cultura religiosa. 

Não percebem o ridículo que propiciam aos observadores do comportamento humano. Candidatos hipócritas chegam a manifestar aos mais íntimos que vão a esses santuários sagrados apenas na esperança de conseguir uns votinhos. 

É deprimente ver ateus e agnósticos tentarem enganar a si mesmos e aos fiéis. 

Demonstram com essa estúpida atitude que não sabem que o papel do Estado é garantir a plena liberdade de culto. 

Tentar impor as regras da sua crença religiosa a todos é uma atitude tão fundamentalista quanto a dos estados islâmicos. 

Se um candidato é católico, evangélico, e fala ao seu público, tudo bem. 

O insuportável é explorar a religião no período eleitoral. 

Que religiosos defendam seus princípios é aceitável. Incomoda é quando a manifestação é unilateral. 

A subjetividade do outro não é uma doença. 

As pessoas têm o direito de combater as coisas mais estúpidas, mas, não impô-las. É a chamada intolerância dos intolerantes. 

É delicado decidir até onde vai a liberdade de expressão! 

Acreditar na Bíblia não é fundamentalismo, e poucos que a leem não acreditam nela, embora afirmem o contrário. A poesia tem uma linguagem simbólica, e a religião também a usa. 

Os conceitos foram criados e podem ou não serem seguidos, pois fé não se discute, respeita-se. 

Nossos políticos têm dificuldade de falar com o povo sobre a sua opção religiosa temendo perder votos. Isso é uma bobagem comparando com o oportunismo eleitoral de declarar o que não é nem nunca foi. 

No Brasil existem, declarados, cerca de dois milhões de ateus. Para eles Deus não existe. Esse grupo se assemelha muito aos fundamentalistas. 

O cristianismo influenciou muito a nossa formação. E a maioria do povo brasileiro é cristã. 

O agnóstico não crê em nada, mas é tolerante com outras crenças. 

O mundo é dependente da religião. Sejamos prudentes com a razão, que é civilizatória. 

No mundo falta tolerância entre as religiões, criando a estupidez silenciosa, que é perigosa. Devemos sempre trabalhar para alargar a tolerância. 

As religiões, em geral, têm ideia sobre a vida íntima das pessoas e o Estado não deve se meter nesses assuntos. 

Pode haver uma forma de alguém cultivar uma religião e ser mais generoso.

Existem inclusive uns poucos, muito poucos, que apesar de não comungarem de qualquer tipo de religião, são portadores do que é mais importante, uma profunda religiosidade. São pessoas  cujo maior lema é respeitar o outro e suas crenças e diferenças de qualquer ordem. 

Todas as religiões têm um efeito formador na nossa sociedade por pregarem valores justos. 

Disciplinam muito a vida, porém há pilantras entre elas, assim como eles existem em todos os setores da humanidade. 

Gabriel Novis Neves
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