Olhar Direto

Sábado, 20 de abril de 2024

Opinião

Haddad e o ápice da mediocridade na política

Ao aceitar protagonizar a ópera bufa de uma candidatura farsesca à Presidência da República, Fernando Haddad entra para a história política tupiniquim como uma personagem destituída de personalidade.

Todos sabemos, e exemplos abundam, sobre a capacidade humana em aceitar participar de situações humilhantes, irracionais e esfaceladoras da honra e integridade, valores inegociáveis às pessoas de caráter. Nesse sentido, o vexame político em que Haddad aceitou ser parte somente pode ser explicado à luz da psicologia do caráter.

O médico psiquiatra argentino José Ingenieros em uma obra excepcional intitulada “O homem medíocre” traça um conceito lapidar sobre a mediocridade humana, a qual, ao ser lida e refletida pode ser perfeitamente associada à personagem sobre a qual estamos a comentar. O homem medíocre, ensina Ingenieros, é uma “sombra projetada pela sociedade; sua característica é imitar todos os que o rodeiam: pensar com a cabela alheia e ser incapaz de formar ideias próprias”.

Vivemos tempos inusitados. Um candidato preso e cumprindo pena por corrupção e lavagem de dinheiro e, ainda, réu em outras cinco ações penais, insistiu em desafiar a  Lei da Ficha Limpa e registrou-se como candidato à Presidência da República. Sabedor que não lograria êxito em tal intento, preparou um velho conhecido subordinado para “representá-lo” (o termo pertence ao presidiário) neste processo eleitoral. De sua cela em Curitiba, tal qual agem os “comandantes” de organizações criminosas presos, ordena os movimentos aos seus asseclas que o visitam na qualidade de “advogados”.

Fernando Haddad (ou Andrade como alguns petistas o chamam) é o homem que aceitou tal empreitada: ser um “poste” preposto de um fantasma político que insiste em “assombrar” uma nação já esfacelada moral e economicamente pelo grupo político ao qual pertence o referido criminoso.

Não importa se a população da maior cidade do país o tenha rejeitado para um segundo mandato na Prefeitura Municipal. Ungido pelo demiurgo petista de sua masmorra, Haddad será o receptáculo dos votos de uma massa de devotos petistas que, tal como Fernandinho, são incapazes de pensar com os próprios cérebros. A volta ao poder, uma vez que foram apeados de lá por um tal de “golpe parlamentar” (que inclusive virou tema de curso em determinada universidade pública) deverá ser conquistada a qualquer preço. Os fins justificam os meios? Na cosmovisão da esquerda, claro que sim. Esquerdopatas pensam com mente social. Na realidade, compôe uma massa medíocre que se caracteriza pela ausência de características pessoais necessárias para distinguir o indivíduo da sociedade à qual pertence. Tudo deve ser coletivisado para que o indivíduo se dissolva nesse caldo.

A cada discurso de Haddad você poderia perfeitamente questionar: o que ele diz é fruto daquilo que acredita e consolidou via cognição de seu aparelho pensante ou trata-se apenas de divulgação das ideias e opiniões do presidiário?  Se eleito, despachará na cadeia os projetos e os atos de gestão que compõe a liturgia do cargo? Quem governará o executivo nacional, o presidente-poste/preposto ou o ex-presidente/presidiário/réu/investigado? Seriam tais perguntas desprovidas de pertinência?

Não nos esqueçamos que a última experiência em nomear postes pelo referido cidadão, colocou na presidência da república uma pessoa com sérios problemas de concatenação de ideias básicas, raciocínio logico-dedutivo e que arrastou a nação para o maior desastre econômico de sua história.

Sob qualquer outra condição de temperatura e pressão, leia-se, um país sério, o ex-presidente presidiário jamais teria legitimidade para indicar até um síndico de um prédio. Contudo, estamos no Brasil, terra de Macunaíma, o herói sem caráter.

Nestas terras de “palmeiras onde canta o sabiá” a mediocridade impera. Por aqui existe uma tal de “esquerda” que auto-intitulou-se a portadora do bem, da civilização e dos valores democráticos. Quem não está com ela é contra os “pobres”, os “oprimidos”, os “estrangeiros” e a favor dos ricos e poderosos. Tal qual Maduro (presidente da Venezuela) que lambuza-se em caros restaurantes estrangeiros enquanto seu povo foge da fome e da inanição, nossa esquerda “caviar” e comunista de “i-phone” segue fingindo que luta contra a “desigualdade social”, a favor da “justiça social”, das minorias etc. Na verdade, já mostraram a que vieram em treze anos de poder e quarenta se preparando. INCUTIRAM NAS MENTES E CORAÇÕES DE MILHÕES DE INCAUTOS O DESPREZO PELA RESPONSABILIDADE PELA PRÓPRIA EXISTÊNCIA. Esta é a infalível receita para o fracasso de uma nação.

Felizmente, uma luz no fim do túnel parece querer brilhar. Uma parcela significativa da sociedade acordou e parece começar a compreender que ser de “direita e conservador” é, principalmente, não acreditar em reengenharias sociais e jardins do édem a serem implantadas de cima para baixo. O tal “progressismo” decantado pela esquerda é fruto da velha visão marxista que vê a história como uma flecha que culminará na sociedade comunista. É por esse motivo que rotulam de “reacionária” qualquer força política que não comungue dessa visão insana. Não pergunte a um comunista porque a história simplesmente “pararia” no comunismo e não continuaria em frente. Questões de fé não se discutem.

Não é mesmo?Enquanto o comunismo não chega, por que não curtir as “delícias” capitalistas produzidas pelos burgueses dominadores? Claro que sim, desde que estejam sob nosso comando e controle. É nisso que se resume a estratégia esquerdista: CONTROLE SOCIAL. Ponto final.

A mediocridade teme o homem digno e adora o servo, vaticina Ingenieros. Ao contrário, ensina o Mestre, os indivíduos excelentes são indomesticáveis: “orientam-se pelo seu ideal; sua firmeza os sustenta; sua luz os guia”.
Onde repousa teu sustento e qual é a luz que te guia Haddad?
 

Julio Cezar Rodrigues é economista e advogado (rodriguesadv193@gmail.com)
 
 
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