Olhar Direto

Sexta-feira, 29 de março de 2024

Opinião

Educação: Carta de um apaixonado

Quem escreve é um jovem pesquisador apaixonado pela educação e envolvido pelas ações transformadoras do processo de ensino e aprendizagem. Um observador que vivenciou desde a sua formação duas reformas educacionais consideradas importantes e emancipadora no seu ponto de vista, como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e suas atualizações de cunho estrutural de organização, oferta e pós-estrutural de diretrizes metodológicas de ensino e de indicadores de avaliação.
 
Um jovem que reflete e rever seus atos a cada experiência profissional como ação-reflexão-ação, aprendendo por meio da escuta ativa que o diálogo e o coletivo se fazem importante, sendo um bem necessário dentro do campo da ciência humana devido os vários agentes envolvidos, onde cada um tem sua parcela de contribuição e responsabilidade, de forma perceber que a educação não é unilateral.
 
No entanto, a intencionalidade desta carta como jovem pesquisador debruçado sobre livros, artigos, legislações e vivências como um ato de reflexão e não somente de investigação é de relatar e levar a entender que a educação tem toda sua estrutura e os conflitos existenciais pauta na falta de compreensão da sua integralidade, originada pelo currículo de licenciatura moldado nas redomas do saber científico direcional e reducionista, baseado somente no pós-estrutural, ou seja, em práticas como um ato operacional e tão pouco reflexivo na sua totalidade e expansivo.
 
A educação, meu caro amigo leitor, não é uma receita e nenhum receituário pronto e acabado deve ser amada, sentida, entendida, vivenciada, dialogada e interpretada nas suas múltiplas esferas. Nesse sentido, apaixonar-se é preciso e desbrava-la é um ato emergente, desafiador e de responsabilidade diante de suas mudanças de cunho humano, social, institucional, tecnológico, político e até mesmo de mercado, o que não se pode é ignorar e nem ser o crítico pelo crítico, mas reconhecer e compreender.
 
Porém, o que se percebe que é tratada de forma pontual e racional diante da sua amplitude de ‘ação-reflexão-contexto’, a intencionalidade deve ser a alma da educação em busca do ‘por quê’, ‘para quê’, ‘onde’ e ‘como’, não pode ser respaldada no conhecimento comum, mas crítico e pós-crítico consubstanciado na sua profundidade.
 
Por fim, gostaria de findar esta carta dizendo: pela educação já troquei de pele, de amores, de endereço, viajei, deslumbrei, apaixonei, sofri, morri, renasci e calei-me por inúmeras vezes como ato de reflexão e maturidade entre o certo e o menos apropriado, um gesto de amor incondicional e incompreendido. Convido você a apaixonar-se pela educação.
 

Assinado um jovem pesquisador apaixonado pela educação.


Elizângela Farias de Oliveira é Mestranda em Educação: Currículo e Especialista Metodológica em Educação. E-mail: eliz_farias@yahoo.com.br – LinkedIn: linkedin/in/elizangela-farias – Cuiabá, Brasil. 
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