Olhar Direto

Sábado, 20 de abril de 2024

Opinião

Caminhada pela FEB – Experiência grotesca.

Já dizia uma placa em algum parque que certa vez li: “é caminhando que se conhece a cidade”. Ao levar o carro para uma revisão periódica em uma concessionária instalada na cidade de Várzea Grande (MT), resolvi retornar para Cuiabá caminhado. O trajeto, de aproximadamente quatro quilômetros, retilíneo e em declive, aparentemente não seria problema.  Porém, logo nos primeiros metros, a realidade que se impôs foi algo no mínimo impactante.

A distância entre as faixas de travessia de pedestres atua como um verdadeiro estímulo para que estes atravessem em qualquer lugar. Ainda que, para isto, seja necessária certa habilidade e destreza para se equilibrar sobre as ruínas do que seriam os trilhos de um imaginário VLT. Fico me perguntando se é tão difícil dar um fim neste verdadeiro cadáver insepulto, que assombra o dia a dia das pessoas que por lá passam diariamente.

A maioria das centenas de estabelecimentos comerciais e lotes lindeiros, não fizeram nem calçada, nem passeio. O que oferecem ao pedestre é a terra nua esburacada e alagada,  quando muito, cascalhada. Não por acaso, condutores estacionam seus veículos sobre a maioria destas calçadas e passeios, forçando as pessoas a transitarem pelo leito da via.

Existem dificuldades e limitações de ordem financeira e orçamentária que não novidades para ninguém. Porém, cabe ao poder público municipal (Prefeitura) promover a efetiva fiscalização e eventual notificação para que sejam construídas calçadas e passeios. O abandono generalizado salta aos olhos, e diz muito a respeito de como os pagadores de impostos são tratados pelo município.

Onde estarão o Ministério Público Estadual, a Ordem dos Advogados do Brasil, a Sociedade Civil Organizada e a Prefeitura Municipal, que não observam a triste realidade pela qual passa a avenida que é porta de entrada de Várzea Grande?


Márcio Rahal é jornalista e advogado.
xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet