Olhar Direto

Sábado, 20 de abril de 2024

Opinião

Governo do PMDB: um mal para Mato Grosso.

Ao longo de minha militância política e sindical já vi e vivi diversos governos de diferentes partidos políticos, sempre girando em torno de uma família (familiocracia) ou mesmo de grupos político-econômicos como os Campos, Bezerra, Oliveiras e o Grupo Maggi.

Todavia nunca havia me deparado com um governo que não governa, um administrador que não administra, um líder que não lidera. O Paiaguás é um espaço onde todo mundo ‘manda’ menos o “governador” (assim, com aspas, mesmo). Não é uma afirmação só minha, mas uma constatação geral, falada e cantada em versos na cidade e no campo, ou em qualquer roda de conversa política de família, é papo entremeado com discussão sobre futebol, conversa de bar, enfim é a voz corrente.

A todos parece que o governo do PMDB não tem autoridade, pois até agora, passado quase um ano de mandato (sem contar as substituições anteriores) não disse a que veio a não ser para mostrar toda a sua incompetência. Silval Barbosa é “um elefante em loja de cristais” no trato com os movimentos sociais, nas resoluções de problemas complexos como Copa do Mundo e mobilidade urbana, e a realidade é eloquente. Vamos aos fatos.

Desde abril de 2010 este ‘governo’ tem sido acuado pela denúncia feita na imprensa sobre falhas ou dificuldades nas áreas de infra-estrutura e também na falta de competência para resolver os problemas essenciais na saúde pública, educação e segurança. Também dizem que é um governo que está nas mãos da Assembléia Legislativa, e mesmo lá já estão aparecendo alguns focos de contrariedade, porque o PMDB tem ‘o olho maior que a barriga’.

Mas vamos nos ater a alguns fatos que este ano têm marcado este governo de uma forma altamente negativa, por atingir ao cidadão que mais precisa da atenção estatal. É inaceitável a política de saúde em nosso estado, com a terceirização dos serviços por meio das famosas OSs (Organização Social da Saúde), idéia do iluminado Pedro Henry. Ora, o mesmo Estado que comprou hospital em Cuiabá há alguns anos (que se transformou em estacionamento de ambulâncias) volta atrás em seu planejamento e diz agora que as tais OSs serão a solução de todos os males. Mas um hospital construído com dinheiro público está sendo entregue a esta organização, de graça, para exploração econômica.

Sabe-se que por valores ou custos bem menores, alguns municípios administram estruturas bem mais complexas que um hospital de 60 leitos e conseguem ‘dar conta do recado’. Temos como exemplos cidades como Nova Brasilândia, Juscimeira e Comodoro que estatizaram suas unidades de saúde, não privatizaram e nem terceirizaram o serviço, porque o modelo capitalista não é a solução.

Outro fato que também nos chama a atenção é que este governo é ‘ruim’ de diálogo com as entidades de casse e trata os movimentos sociais com caso de polícia, porque falta competência para administrar controvérsias. Exemplo são as greves dos servidores da Educação, Empaer, Sinfra, Fema, Detran etc. Os candidatos aprovados no concurso público foram enganados, já foram prometidas posses nos meses de maio, junho e julho de 2011 e nada aconteceu.

Não podemos nos esquecer do estágio atrasado das obras visando a Copa do Mundo 2014, que ainda estão ‘patinando’ no quesito infra-estrutura, não se decidiu o que fazer com o transporte de massas e outros problemas virão.

Mas o ‘General do Sinval’, o auto intitulado ‘todo poderoso’ Eder Moraes, gaba-se de que manda mais que alguns gestores que receberam o mandato do povo para governar em prol dos mato-grossenses.

Por fim não podia deixar de falar na “insegurança pública”, e a sensação do povo é exatamente de insegurança geral. Basta ver os recentes fatos ocorridos, crimes de pistolagem, violência policial, que impõe toque de recolher às famílias mato-grossenses. E o governo não mostra iniciativa para debater o problema e nem propõe solução. Enquanto isso, nosso Estado é notícia nacional quanto aos índices de violência na cidade e no campo.

Abre o olho governador, porque político que não cumpre acordo e não atende o povo, tem como resposta um governo triste, sem perspectiva, que mal chegou já dá mostras que se exauriu. Seria o anúncio do fim antes de começar?

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