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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Opinião

Copa do Pantanal e o turismo

A copa do Pantanal, como ficou conhecida o evento de 2012 passou por uma série de negociações e entendimentos antes que a sede fosse definida por Cuiabá. A FIFA sempre quis Campo Grande por razões de proximidade com São Paulo, Paraná e todo o sudeste. Quem for acompanhar a sua seleção nos jogos, em 2014, segundo a FIFA o faria muito melhor a partir de Campos, e não de Cuiabá. A escolha da capital de Mato Grosso desceu meio quadrada na FIFA.

Porém, escolhida Cuiabá para sede da Copa do Pantanal, como fica a questão do turismo? O estado de Mato Grosso é enorme e os turistas tem prazo muito curto de permanência. Antes, porém, o cronograma de permanência de um turista de futebol, segundo técnicos, é que se ele estiver acompanhando a seleção do seu país, ficará em Cuiabá entre dois e três dias. Nesse caso, ele não terá tempo pra muita coisa.

Na visão de técnicos da Secretaria da Copa, ele terá tempo para concentrar-se em três pontos: no Pantanal, em Chapada dos Guimarães e em Nobres. Não terá tempo para ir a Sinop ou Barra do Garças, por exemplo, Por isso, os investimentos em turismo, e não são poucos, algo como R$ 415 milhões do Prodetur, através do BNDES, é muito dinheiro, mas não pode ser pulverizado num monte de municípios, porque, no final, o turista não terá nada para ver naqueles três roteiros citados e, tampouco, no interior. É uma equação difícil de ser resolvida. Um dos riscos que tudo isso corre, são eventuais interesses eleitorais da Secretaria de Turismo contaminarem a Copa com os já conhecidos truques da política.

A pulverização de recursos em projetos que nada tem a ver com o evento, será um tiro no pé de Mato Grosso, quando se anota o volume mundial de divulgação será assustador, já que se trata do maior evento de mídia no planeta. Um jogo gera 400 horas de divulgação na televisão mundial. Como Cuiabá sediará 4 jogos, serão 1.600 horas de divulgação. Tem-se que 70% são dedicados ao futebol, e 30% à cidade-sede e ao estado onde ela se situa. Nesse caso, para cada jogo serão 120 horas dedicadas ao Pantanal. Daí a necessidade uma forte infraestrutura de turismo e de cultura. Na Alemanha, num ambiente de forte competição no turismo, em 2006, o país vendeu a imagem de melhoria no atendimento do mal-humorado povo alemão, e a posição de excelente receptor de investimentos, como a 4ª. maior economia mundial. Deu certo.

Em Mato Grosso será fundamental que tenhamos o foco e a capacidade de vendermos a imagem de um estado com extraordinário potencial de belezas naturais adequadíssimas ao turismo, e condições inigualáveis para receber investimentos de negócios nas diversas áreas. Se Mato Grosso fosse um país, seria equivalente a um dos chamados “tigres asiáticos”.

Espera-se para o segundo semestre de 2012, o ano de 2013 e 2014 a chegada das grandes redes mundiais de televisão do mundo inteiro, sites, revistas e jornais para mostrar Cuiabá e o Pantanal, que dá nome à copa. Muita coisa a fazer até lá, especialmente, definir esse foco claro do turismo de onde investir para dar a resposta que o evento pede: preferencialmente o Pantanal, Chapada dos Guimarães e Nobres. Todos absolutamente crus ainda. Mostrar o Pantanal mostra-se Mato Grosso, que acoplará aí toda a sua divulgação com os seus potenciais

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