“Fica proibida a ação de trote no interior dos campi da Universidade, devendo cada unidade acadêmica organizar um Comitê de Recepção aos Calouros”.Resolução.CONSUNI, Nº18/12/2005. 

 

O Art. 1º, Resolução acima, evidencia com muita lucidez que no campus-Universidade Federal de Mato Grosso-UFMT somente tem espaço para o ambiente cultural, igualitário, amor ao próximo e práticas harmônicas. Então, queremos proteção e distância de: ‘trote’ agressivo. Ao refletir sobre o campus o ex-reitor Benedito Pedro Dorileo, (2005) pontuou; “padrão de orgulho da cultura mato-grossense”.  

Ressalte-se, ainda, que devemos aprimorar o espaço do saber, trabalhar com prevenção para manter o ambiente saudável e atrativo para a sociedade, liberto de preconceitos, priorizando o cumprimento das Normas e Resoluções. É importante relacionar acessibilidade e relações humanas. ‘Trote’ ou posturas inconvenientes não se coadunam com sensatez, no momento especial de recepção de calouros, “Ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante.” (Art. 5º, III). Entende-se que ninguém deveria ou poderia receber tratamento desumano. Também, Direitos fundamentais de “ir e vir”, Artigo 5º, XV. Assim, é garantida a democracia ampla. 

O ‘trote’ psicológico é insultante à Constituição Federal.  A instituição prioriza o equilíbrio como um todo, também o ecossistema, para atuais e futuras gerações, integrando o desenvolvimento sustentável, logística, postura, ética e de caráter. Não podemos ter ‘paz abstrata’, pois existem as leis a serem aplicadas. Historicamente, existem campanhas para banir ‘trote violento’, e incentivar práticas sociais de relevância após óbito do calouro Edison Tsung Chi Huseh, em 1999, da Faculdade de Medicina, 22 anos, cruelmente morto na piscina da USP-SP, durante trote. Necessitamos conscientizar os jovens sobre a busca pela PAZ, pois em fevereiro/2017, Vilhena-RO cinco calouros sofreram traumas dermatológicos durante o ‘trote’. Nós vivemos em um Estado Democrático de Direito, em que os gestores deverão estabelecer debates com profundidade: ‘prevenção’. Importante salientar posturas de: Yuri Reis Milhomem, UFMT- 18 anos, (2017) Comunicação Social, com habilitação e propaganda disse: “Quanto à experiência ‘trote solidário’ perguntaram se estava disposto (...) quem não participou teve suas posições respeitadas. Arrecadaram alimentos (...) podemos ajudar um pouquinho mais, (...) o mundo é carente de pessoas que se ajudam, de pessoas que se doem quanto mais. Você pode levantar uma bandeira (...), ou seja, um significado para alguém já é uma coisa maravilhosa”. 

Experiência de: Valéria Schmidt, 2017, 5º ano de Geologia-UFMT: “Todos têm que participar da construção coletiva de uma recepção”. Guilherme Mene Ale Primo, Geólogo e estudante do Programa de pós-graduação de Geociências-UFMT, afirmou: “Quando os ‘calouros’ são recepcionados com atividades produtivas há uma interação muito bem aproveitada pelos mesmos. Há um sentimento de valorização, de orgulho por fazer parte de um curso de graduação que valoriza sua presença.” O jovem detentor de equilíbrio sempre estará buscando fomentar o reconhecimento das áreas para a evolução científica e respeitando a cultura de cada um, pois cada cidadão traz consigo uma história de vida.  Entende-se que é dever de todo e qualquer servidor público manter os jovens informados sobre seus Direitos e Deveres na instituição, para evitar “ações que causem a quem quer que seja coação ou agressão física, moral, psicológica, (...)” cujas penas encontram-se previstas no Regimento de Disciplina do Corpo Discente da UFMT- Resolução nº17/18/11/2004. 

A comunidade acadêmica entendeu que só temos uma via de acesso: Democracia plena, ações que nos remeterão a boas lembranças do ingresso na Universidade, e que somente a comunicação equilibrada nos faz humanos. Houve recepções solidárias, sem álcool, do Curso de Engenharia, Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia, Departamento de Engenharia Civil, (FAET), com dinâmicas abordagens sobre diversificados temas profissionais. A recepção aconteceu no local em que os discentes e docentes fabricaram o próprio forno artesanal com material reciclado. Nós podemos transformar os mundos, usar nossa inteligência para construção de uma sociedade com mais bem-estar, legal e moral, bastando seguirmos bons exemplos. Igualdade, dignidade e liberdade para todos! 

Nós poderíamos ser tal como as árvores, galhos, troncos e raízes, que, se entrelaçam entre si, agasalhando-se, e apresentam belezas compostas de fraternidade. Com tanto fortalecimento, após nutrirem-se umas às outras de afetos, estão fortalecidas para expandir equilíbrio para os povos. Trote, nunca mais. Fraternidade sempre.  

Para a prevenção, sejamos céleres, apontando as leis vigentes para a sociedade e convidá-los para amplos debates a favor do amor e da paz, assim convivendo humanamente com sensatez e estabilidade, expandindo-se a segurança do livre pensar com ações produtivas, tanto intelectuais quanto físicas. Elaborando projetos com posturas éticas, estaremos atendendo ao interesse da coletividade e familiares. Enfim, assimilamos e implantamos o bem-estar para todos!  Entende-se que os Direitos intocáveis e absolutos são preservados.  Trote, jamais! Denuncie!!! 

Graci Ourives,Professora/escritora/voluntária 

Referências: 

DORILEO, Benedito Pedro. Ensino Superior em Mato Grosso.UFMT.Ed.komedi.Campinas-SP.<editora@komedi.com.br>2005. 

<http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res02/res30302.html> 

<http://www.ufmt.br/ufmt/site/userfiles/normas/estatuto-ufmt.pdf> 

<http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff1502200911.htm>Acesso:20/5/2017. 

<https://vestibular.uol.com.br/noticias/redacao/2016/02/17/em-trote-calouros-sao-queimados-com-larvicida-e-creolina-chorei-de-dor.htm#fotoNav=1?cmpid=copiaecola>