Olhar Direto

Quinta-feira, 28 de março de 2024

Opinião

Troca-troca

A palavra em questão, tem como significado principal a transferência mútua entre pessoas ou coisas sem que esteja envolvida troca de dinheiro. A utilização de manobras sórdidas pouco ortodoxas, visando evitar a derrota de o presidente Michel Temer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na Câmara dos Deputados; partidos da base aliada trocaram nove dos 66 integrantes   do colegiado até a sessão para leitura do parecer do deputado Sérgio Zveiter (PMDB-RJ) sobre o pedido de autorização para que o peemedebista  seja julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelo crime de corrupção passiva.

Neste momento decisivo, tem-se início o vale tudo, com o "toma lá, da cá", segundo a oposição, tal feito ocorreu  através da disponibilização de emendas parlamentares de execução obrigatórias para a sua base no Congresso, em troca de apoio.

Outra manobra, por parte dos governistas foi à troca sistêmica  de membros da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ),  alguns membros, trabalharam a mais de dois anos na referida comissão e foram substituídos de forma inesperada, visando garantir, maioria a favor dos  governistas.

É lamentável a troca de parlamentares nessa comissão,  porém nada pode ser feito, tendo em vista se tratar de uma prerrogativa dos partidos, que encaminham diretamente à Presidência da Câmara, sem que nada possa ser feito no âmbito da comissão; esta manobra sórdida, pode até ser legal, porém é imoral.     

Ao todo, nove vagas de titulares foram trocadas na comissão nos últimos 15 dias, quatro delas no PR, e uma nos seguintes partidos:   PMDB, PRB, PTB, SD e PSD; sendo que do PR os quatro integrantes da comissão, foram trocado minutos antes  da leitura do relator Sérgio Zveiter (PMDB-RJ), que votou favorável à admissibilidade da denúncia contra Michel Temer (PMDB).

Vale ressaltar que a comissão tem apenas o papel de autorizar ou não, a admissibilidade do processo e não julgar o presidente.

 Tendo como papel principal,  admitir a autorização para que ele seja processado, tendo como indícios que devem  ser apurados pelo judiciário: a gravação de  conversa de Temer com o presidente do grupo JBS, Joesley Batista, o possível recebimento de 500 mil pelo ex-assessor do presidente, Rodrigo Rocha Loures e a regularidade dos encontros de Temer com o empresário.

Pare o mundo, quero descer!
 

Professor Licio Antonio Malheiros é Geógrafo  (liciomalheiros@yahoo.com.br)
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