Vivemos em um país de contos de fadas, ou seja, vivemos diuturnamente contagiados e influenciados por histórias que tipicamente são apresentadas por personagens fantásticos do folclore, como: anões, dragões, fadas, gigantes, grifos, sereias unicórnios ou bruxas. A história com esses personagens, via de regra, apresenta magia ou encantamentos, tudo até então descrito por mim, mexe apenas com o imaginário. Agora, na vida real existem instituições, em que esses personagens citados por mim, passam a ser fichinha perto deles; infelizmente vem ocorrendo em algumas instituições. Neste caso especifico, me reporto, a nossa egressa Casa de Leis,  Câmara Municipal de Cuiabá. Com anuência do prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB), foi sancionada a Lei nº 6.255/2018, que garante pagamento de 13º salário aos 25 vereadores, além do pagamento da Revisão Geral (RGA); sabemos, se tratar de algo constitucional, porém imoral.

Quando atribuíram a pecha a nossa egressa Casa de Leis, Câmara Municipal de Cuiabá, de "casa dos horrores", muitos vereadores se sentiram ofendidos e magoados, com uma titulação, que não condizia com a história da referida casa de Leis. Só que, apenas alguns vereadores, brigaram para que a inclusão do 13º salário e RGA fossem aprovados e sancionados pela mesma, porém foram votos vencidos.

Não se trata de caça às bruxas, porém é revoltante e imoral, saber que em um país de 13 milhões de desempregados, e que estes, apenas almejam ganhar salário mínimo, que é mínimo mesmo.

Enquanto isso, 25 vereadores recebem salários faraônicos, além de verba indenizatória, e outros penduricalhos, para trabalhar, apenas três vezes por semana.

Para não dizer que estou criando factoides com relação ao tema em questão, vamos aos polpudos salários dos nossos nobres vereadores, cada um deles recebe a bagatela de R$ 15 mil de salário, além de R$ 9 mil, a título de verba indenizatória, agora com o 13º e RGA, passarão a ter salários de marajás. Sem querer parafrasear o 'caçador de marajás' Fernando Collor de Mello.

Quero deixar bem claro, não estou contra ninguém, apenas estou do lado dos assalariados e dos expropriados do capital, pois, quer queiram que não, quem irá pagar estas mordomias aos nossos nobres vereadores, seremos nós,  reles mortais, os contribuintes.

Pare o mundo, quero descer!


Professor Licio Antonio Malheiros é geógrafo (liciomalheiros@yahoo.com.br).