A lentidão com que a justiça tem tratado a investigação e punição dos responsáveis pela tragédia em Mariana/MG deixa clara a necessidade de que a sociedade civil e entidades independentes mantenham acesa a luta pelo maior reparo possível ao ocorrido, a fim de também impedir que novas tragédias aconteçam.
Por isso, o instituto Últimos Refúgios deu início na última quinta-feira a uma campanha de financiamento coletivo para arrecadar fundos e seguir em frente com o projeto ‘Lágrimas do Rio Doce’, que visa instigar mecanismos de apoio e levantar um acervo digital com fotografias e vídeos, oferecendo um espaço de diálogo para as pessoas atingidas pelo desastre ambiental.
A ideia é justamente iluminar de forma independente a realidade e as consequências do rompimento da barreira da empresa Samanco, que começou em Mariana mas impactou todo o Rio Doce.
Qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo pode contribuir com a campanha, que durará até o dia 09 de maio. Os registrados levantados pelo ‘Lagrimas do Rio Doce’ serão utilizados como meio de mobilizar a sociedade e pressionar o poder público a realizar ações efetivas para impedir que não só novas tragédias ocorram, mas também que o maior desastre ambiental da história do Brasil não caia em esquecimento.
A extensão da tragédia em Mariana não é só medida em quilômetros, ou pela morte de um Rio – a tragédia continua a acontecer a cada dia que os responsáveis não são punidos, que essas medidas não são tomadas, que a imprensa deixa de mencionar o assunto, que esquecemos a tragédia de Mariana.
Na altura do desastre, o Hypeness conversou com Leonardo Merçon, fotógrafo do Instituto Últimos Refúgios, a propósito do que ele apelidou de “Chernobyl brasileira“. Relembre aqui.
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