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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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bodas de diamante

Após 63 anos, marido vai buscar 'cocho' onde conheceu a esposa, em SP, e trazer para Mato Grosso

Foto: Arquivo Pessoal

Ermelinda e Alfredo, mais conhecidos como Zinho e Zinha, fazem 60 anos de casados em outubro

Ermelinda e Alfredo, mais conhecidos como Zinho e Zinha, fazem 60 anos de casados em outubro

Na próxima semana, dias depois do 63° dia dos namorados que passa junto a sua amada, Alfredo José de Oliveira vai voltar a uma cidadezinha no interior de São Paulo para buscar um símbolo do relacionamento dos dois: um cocho.
Alfredo e Ermelinda, mais conhecidos como Zinho e Zinha, comemoram em 2016 sessenta anos de casados. Somando os três de namoro e os onze de amizade, a conta ultrapassa os 75.

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Vizinhos desde que Zinha foi morar em Magda (cidade de 3230 habitantes, a 545km da capital de São), quando ela tinha dois anos de idade e ele cinco, o casal começou a namorar durante uma brincadeira de passa anel, que os colegas sempre faziam sentados no cocho, tronco de árvore escavado onde o gado se alimenta.

Nessa brincadeira, quem errava tinha que ir para longe pagar uma prenda. Certa vez, quando Zinha errou, Zinho foi atrás e os dois já não voltaram, e começaram a namorar. A partir daí, toda vez que queriam ficar juntos, iam sentar no cocho.
“Eu vim de Floreal e ele já morava em Magda. Eu tinha dois anos quando conheci ele! Éramos vizinhos, fomos na escola junto na mesma sala. Com doze anos ele começou a namorar comigo, mas sair junto só com treze”, contou Zinha em entrevista ao Olhar Conceito.


O casal em 1966, com dez anos de casados (Foto: Arquivo Pessoal)

Aos dezesseis anos dela, depois de três namorando, os dois se casaram com total apoio da família. Os pais eram amigos e, segundo Zinho, “O noivo era muito bom, né?”, brinca. Dez meses depois do casamento chegou a primeira filha, Maria Alice de Oliveira. Depois dela, os outros vieram com cerca de um ano de diferença cada: César, Rosenei, Almindo Roberto, Tânia, Oséias e Roseli.


Os filhos quando crianças. A caçula, Roseli, ainda não tinha nascido (Foto: Arquivo Pessoal)


Zinha, Zinho e os sete filhos. Em cima, César, Almindo e Oseas (da esq. para dir.) e embaixo, Tânia, Maria Alice, Roseli e Rosenei (esq. para dir.)  (Foto: Arquivo Pessoal)

Sessenta anos, sete filhos, treze netos e três bisnetos depois, Zinho e Zinha vivem em Rondonópolis. Mas para chegar até aqui foi preciso muito trabalho e muita mudança. Os dois já moraram em Magda, São Paulo, Rio Preto, Tangará da Serra, Fátima do Sul e Dourados antes de chegarem em Rondonópolis, onde se instalaram em 1975.

Falando sobre o relacionamento, os dois são só risadas. Crentes da Congregação Cristã no Brasil, firmam o amor na fé e ao olhar pra trás se orgulham, principalmente, da família formada. “Me orgulho da vida, do trabalho, de criar os filhos, ver os netos todos grandes, a família construída”, afirma Zinho.

O segredo para manter um casamento por tanto tempo Zinha confirma: amor, respeito, confiança e tolerância. Mas para ela, o mais admirável é a forma como levam as brigas e o bom humor do marido: “Às vezes a gente discute e ele não fica de mal. Eu chamo e ele atende como se não tivesse discutido”, afirma. “A outra coisa é que ele é muito engraçado, faz a gente rir”.


Zinho e Zinha sentados no cocho onde começaram a namorar (Foto: Arquivo Pessoal)

Neste sexagésimo terceiro ano como namorados, passarão a data em família, como sempre fizeram. A grande festa, no entanto, será em outubro, quando celebrarão as bodas de diamante em grande estilo: com todos os parentes.
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