A poconeana Lívia Gabriela Bastos, de treze anos, foi uma das poucas alunas do Instituto Ciranda a ser aceita na Orquestra Ciranda Mundo, grupo profissional regido pelo Maestro Murilo Alves. Apesar do convite, no entanto, ela precisa comprar uma flauta profissional – o que sua família não pode proporcionar.
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Lívia é filha de Vanete Bastos, e irmã de Gabriel, de nove anos, que também faz aula de música, mas é violinista. Os dois integram o Instituto Ciranda há cerca de um ano e meio e, por este motivo, têm que vir duas vezes por semana para Cuiabá (um para as aulas e um para o ensaio).
Segundo a mãe, eles vêm de taxi, e gastam R$115 por dia. “Ano passado a gente ia de van de faculdade, mas este ano temos que ir pra perto da UFMT, e a van só vai pra Unic”, explica.
Dona de casa, Vanete não tem condições de comprar a flauta para a filha: “Quando ela entrou no instituto eu comprei uma flauta pra ela, mas é uma mais simples. Agora que foi selecionada, o professor Leoni de Paniago disse que o ideal seria ter uma flauta profissional, que mostraria um som de mais qualidade”, conta.
Orquestra Ciranda Mundo (Foto: Da Assessoria)
Lívia e Gabriel se apresentaram na última segunda-feira (20), no Palácio Paiaguás, para o governador Pedro Taques, durante o lançamento do aplicativo SOS Infantil. “Em Poconé eu sempre levo eles pra tocar em instituições, e semana passada ela tocou em um evento contra o abuso de menores, e lá foi convidada pra tocar pro governador”, explica a mãe.
Os irmãos Lívia e Guilherme tocando no Palácio Paiaguás (Foto: Arquivo Pessoal)
Apesar do esforço de levar os filhos semanalmente para a capital, e de ter comprado a primeira flauta de Livia e o primeiro violino de Gabriel, Vanete não tem condições de comprar novos instrumentos. Seu esposo, pai das crianças, trabalha como motorista para o Sesc Arsenal.
O Instituto Ciranda é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), reconhecida pelo Ministério da Justiça. Seu objetivo é desenvolver ações nas áreas da educação e cultura, utilizando a música como ferramenta de cidadania.
Quem puder ajudar a família de alguma forma, pode entrar em contato pelos telefones (65) 99678-6708 / (65) 99945-0288.
