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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Filme sobre conceito contemporâneo de trabalho escravo será divulgado por parceria entre TRT-MT e Setas

Foto: Reprodução

Filme sobre conceito contemporâneo de trabalho escravo será divulgado por parceria entre TRT-MT e Setas
O combate à escravidão contemporânea ganha mais um instrumento de conscientização e ação para sua extinção, com a parceria entre a Secretaria de Trabalho e Assistência Social (Setas) e o Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MT), para divulgar o conteúdo cinematográfico sobre o tema. As entidades se unem para fortalecer a divulgação do projeto “Invisíveis”, que é voltado à informação sobre as mais diversas formas de trabalho escravo contemporâneo.

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O entendimento foi firmado entre o secretário da Setas, Valdiney de Arruda, e a presidente do Tribunal, desembargadora Beatriz Theodoro, durante reunião na última sexta (08) na sede do TRT-MT.

O projeto “Invisíveis” já está em fase de desenvolvimento do roteiro que dará origem aos filmes. O propósito dos vídeos é esclarecer o conceito contemporâneo de trabalho escravo, que compreende modalidades de trabalho rural, urbano, doméstico e de exploração sexual, em que um empregado é submetido por um empregador a condições degradantes de trabalho, jornadas exaustivas ou qualquer tipo de cerceamento de liberdade.

O projeto que já tem Wagner Moura como apoiador da causa, ganhou recentemente mais um nome de peso: o cantor Lenine. Em visita a Cuiabá para show no “Vem pra Arena”, o pernambucano participou de evento de lançamento de campanha contra o trabalho escravo.

O titular da Setas comenta que a perspectiva é de que o Tribunal divulgue as peças, também de forma institucional em nível nacional, chamando a atenção de outros órgãos, poderes e mesmo de entidades para a existência do projeto, angariando novos parceiros para o seu desenvolvimento.

O secretário acrescentou ainda que o projeto consiste na produção de vídeos em linguagem de cinema para despertar a atenção da sociedade para essa realidade, já que só no Brasil a escravidão contemporânea atinge 15 mil trabalhadores, tendo Mato Grosso como terceiro estado do país em número de casos. Nos últimos 10 anos, mais de cinco mil pessoas foram retiradas dessas condições.

Segundo pesquisa da Ipsos Brasil, a maioria dos brasileiros não sabe responder com clareza o que caracteriza uma situação de escravidão. A escravidão contemporânea no Brasil assemelha-se à servidão e tem sua face rural e urbana.

A presidente Beatriz Theodoro, ressalta que o projeto é fundamental por focar no diálogo com a sociedade, na conscientização sobre o que é o trabalho escravo contemporâneo e como ele está muitas vezes instituído nas relações sociais. “E essa cultura se muda com informação”, diz. “Nós precisamos de educação. A porta de entrada para a cidadania é a educação”, salienta.
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