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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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Jogadores de basquete se unem em Liga e inauguram tabela na Arena Pantanal em evento beneficente

Foto: Rogério Florentino Pereira / Olhar Direto

Jogadores de basquete se unem em Liga e inauguram tabela na Arena Pantanal em evento beneficente
Transformar a vida dos jovens por meio do esporte e trazer incentivo e novas oportunidades às crianças é o objetivo da Liga de Comunitária de Basquete MT, criada há cerca de dois meses por Gildo Marques da Rocha, 42, e Adailton Átila, 26. Na noite do último domingo (21), eles inauguraram mais uma das tabelas que estão espalhadas pela cidade, desta vez, na Arena Pantanal. Na ocasião, aconteceu também um torneio ‘interclã’, com cerca de oito times, e houve arrecadação de litros de leite para serem doados a creches do bairro.

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A inauguração do espaço foi só mais uma das inúmeras iniciativas da Liga. “Tudo começou no Tijucal através de um time de basquete de rua. (...) A gente via em outros lugares pessoas querendo fazer algo, e que ninguém tava fazendo nada pelo basquete. Resolvemos dar ideia pra outros caras, de outros times, de outros bairros. Os caras começaram a abraçar, começamos a nos unir e estamos aí. Somos nós do basquete pelo basquete, agindo nas várias áreas onde estamos”, conta o presidente da Liga, Gildo.


Gildo Marques (Foto: Rogério Florentino Pereira / Olhar Direto)

A Liga foi criada com a ideia de reunir os times de cada bairro e, mais que isso, fazer ações sociais. Por este motivo, em todos os eventos são arrecadados alimentos que, depois, são doados para creches comunitárias. O objetivo, no futuro, é instalar uma tabela em cada uma dessas creches beneficiadas. “Nós defendemos uma causa, um projeto social. Nós não só batemos bola, temos um objetivo em prol da nossa comunidade, em prol do social. A gente tá levando o basquete além, e ta fazendo algo pela nossa comunidade, essa é a ideia da liga”, explica o presidente.

Adailton, que também é um dos criadores da Liga, conta que no início eles eram até chamados de vândalos por instalar as tabelas. “Mas se for prestar atenção, na verdade a gente só quer acrescentar, vândalo a gente não é. Todo mundo trabalha, nenhum cara aqui é vagabundo, tudo trabalhador. Essas tintas aqui, tabela, redinha, tudo isso aí gera um custo. Falar que o governo ajudou, não foi não. Nós mesmos fizemos cotinha pra conseguir esse espaço aqui”, desabafa.

Passando por cima dos problemas, a liga segue incentivando e inaugurando um ‘pólo’ de cada ‘clã’, ou seja, providenciando as quadras em cada bairro para que os times possam treinar. “Seria muito fácil se eu chamasse o Fred [presidente do time do Tijucal] e o Gildo pra gente montar um time nosso. (...) Só que a gente entende que tem muita gente que já passou da idade, já jogou basquete antigamente e quer praticar novamente. A gente ta fazendo com intuito não só de ajudar a sociedade, mas também de fazer todo mundo participar, tanto o cara que ta começando agora quanto o cara que já jogou ou que ainda joga até hoje”, explica.

Como a ideia é oferecer um espaço democrático, o pólo [ou quadra], é aberto para toda a comunidade. Mesmo quem não sabe jogar basquete pode chegar e aprender com os outros. Gildo, por exemplo, joga desde os 19. Adailton, desde os 13.
“Pra quem tá de fora, é um lugar onde os basqueteiros batem bola. Vem qualquer um, porque é uma área pública e não somos donos da área pública. Mas de uns dois meses pra cá um grupo de basqueteiros se reuniu e ta fazendo uma coisa mais organizada. Aqui é um pólo de um clã, na Arena hoje tem um, lá no Tijucal é pólo de outro clã e assim vai, em outros bairros”, explica Gildo.

“Qualquer um pode chegar, à vontade. Isso aqui é um esporte aberto, se você não sabe jogar basquete, pode chegar que tem gente que entende, tem professores aqui, pode ensinar passo a passo como é”, completa Adailton.


Adailton Átila (Foto: Rogério Florentino Pereira / Olhar Direto)

Na realidade, o objetivo é atrair o maior número de pessoas possível. No ‘país do futebol’, muitos talentos da enterrada podem estar perdidos tentando marcar um gol. “O basquete na minha vida me ajudou tanto no caráter humano que sou hoje em dia quanto em muitas dificuldades que já tive no cotidiano. Posso dizer que foi como se fosse uma revolução”, comenta Adailton. “O basquete pra mim fez bem. Lógico que eu vou levar pra outras pessoas conhecerem”, completa.

Para Gildo, mais que uma ‘brincadeira de rua’, o basquete é uma opção de vida. “Isso que eu dou a dica pro pessoal, independente da modalidade. Pratiquem esportes, pratiquem exercício físico. Resumindo, pra mim esporte é vida”, finaliza.
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