A crise preocupa e assusta todo mundo – ou quase todo mundo. Em 2016, um dos anos mais temidos pelo comércio, Sandro Marcos Belatto, 50, decidiu esquecer o medo, ir na contramão do ‘gourmet’ e ampliar seu baguncinha, o ‘Belatto. Após dezesseis anos com uma carrocinha, ele abriu a lanchonete em um prédio fixo – e tem dado muito certo.
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“Nesses últimos meses minhas vendas cresceram 40%, não tenho do que reclamar”, comemora Sandro. Segundo o comerciante, sua história com os lanches começou quando ele decidiu deixar de trabalhar com a irmã em sua panificadora e abrir um negócio próprio. “Na época eu comprei o carrinho do Seu Assis, porque ele ia embora. Peguei o cardápio pronto, só inseri algumas coisas, como esse lanche x-carumbé”, conta.
Sandro Belatto, proprietário (Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto)
Dois anos depois da compra, Sandro teve que mudar de ponto e se instalou em frente a onde, hoje, está sua lanchonete. Ali, ficou por 14 anos atendendo a todo tipo de gente. “Aí no começo desse ano o prédio aqui ficou vago e eu vi a oportunidade de expandir”.
O trabalho e os gastos aumentaram. O baguncinha que antes tinha apenas seis funcionários, hoje chegou a doze. Mas o resto continua igual. “Eu não mudei o cardápio nem nada, só inseri o hambúrguer caseiro, que tem 120g, e é usado no lanche especial”.
Quando perguntado se a inserção foi uma consequência ao crescimento das hamburguerias gourmet, no entanto, Sandro nega. “Esses hambúrgueres gourmet são muito caros, não é o mesmo público. E outra, a pessoa não consegue ir lá e comer todo dia, já aqui tem gente que vem todo dia comer. O preço do meu lanche gira em torno de catorze reais”, afirma. “Mas o pessoal começou a pedir o hambúrguer casiero, então a gente fez também. Hoje tem a opção do caseiro ou do da Sadia mesmo”, afirma.
Hambúrgueres na chapa (Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto)
Outra mudança que o proprietário aceitou, foi a inserção de batata frita e de sucos naturais no cardápio, antes impossíveis de se fazer por causa da infraestrutura. “Ah, antes era muito difícil. Cabia pouca coisa, acabava tinha que buscar longe. Agora não, tem tudo aí”.
O carro-chefe, no entanto, continua o mesmo: x-filé. Recheado de filé, presunto, queijo, salsicha, alface e tomate, o lanche é um dos mais pedidos. O Belatto’s funciona todos os dias, exceto quarta-feira, a partir das 18h até 1h da madrugada. Aos finais de semana, costuma estender o horário até as 3h para garantir o público baladeiro.
Serviço
Belatto’s Lanches
Av. Presidente Getúlio Vargas, 800 A
