Após quatro anos do lançamento em Uberlândia da campanha ‘Janeiro Branco’, criada pelo psicólogo Leonardo Abrahão, um grupo de Cuiabá decidiu que a capital não poderia ficar de fora do projeto. Assim, Camilla Fernandes, 34, psicóloga, começou a articular uma programação para a cidade.

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A campanha foi criada com o intuito de dar mais atenção à saúde mental e, hoje, já é instituída como lei em Campinas e em Uberlândia. Em Cuiabá, o projeto de Lei corre na Câmara Municipal.

“A escolha do mês de janeiro foi porque ele, por si só, já é um mês de reflexão, em que as pessoas analisam como foi o último ano e fazem planos”, explica o acadêmico de psicologia José Marcondes, 40, que também faz parte do grupo que trabalha na campanha em Mato Grosso. E a cor branca também é simbólica: “Uma página em branco aceita qualquer coisa que você escrever, espera pela obra do artista”, completa.

O objetivo da campanha é, no futuro, chegar a ser tão conhecida como o Outubro Rosa (conscientização sobre o câncer de mama) ou o Novembro Azul (sobre o câncer de próstata). “Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), até 2020 a depressão vai ser a doença mais incapacitante do mundo. E isso porque muitas pessoas não buscam ajuda. (...) Eu não podia ficar parada diante dessa situação”, explicou Camilla ao Olhar Conceito.

Camilla decidiu agir por si só e, junto a outra colega psicóloga e um grupo de alunos, organizou palestras-relâmpago pela cidade, além de ações em empresas como o Hospital Santa Rosa e a BRF (Sadia).


Palestra no Hospital Santa Rosa (Foto: Arquivo Pessoal)

No próximo sábado (28), por exemplo, o grupo vai até os parques Tia Nair e das Águas para uma caminhada, com balões brancos, e para conversar com os transeuntes sobre a importância de cuidar da mente. Já na segunda (30) e terça (31), o evento será na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), com palestra do psiquiatra Alaor Santos Filho.

“Levantamos essa bandeira porque é preciso fazer uma reflexão sobre o que queremos para os próximos meses da nossa vida. (...) 33% das pessoas do mundo tem algum transtorno de ansiedade, uma pessoa se suicida a cada quarenta segundos, e ainda tem gente que acha que não importa, que é frescura”, finaliza Camilla.

Serviço

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