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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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não consegue matrícula

Casal procura ajuda para emitir documentos de adolescente abandonada pela mãe

Foto: Mayke Toscano / GCom

Casal procura ajuda para emitir documentos de adolescente abandonada pela mãe
Um caso diferente surpreendeu quem trabalhou na 10ª edição do Ribeirinho Cidadão, que aconteceu no último sábado (4), na Escola Estadual de Córrego do Ouro, em Santo Antônio de Leverger. Neste dia, a assessora jurídica da Defensoria Pública, Iraildes Rocha Araújo, atendeu um casal que estava criando há seis meses uma garota de 13 anos, e queria fazer seus documentos para que ela tivesse acesso à escola e saúde.

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O casal Sônia Regina da Silva Oliveira, 47, e Ademilson Santana Oliveira, 48, procuraram o projeto para solicitar a segunda vida da Certidão de Nascimento, do RG e do CPF de Daniela Valentim Neves. Por não possuir documentos, ela tinha dificuldade de se matricular na escola e de fazer cadastro no Sistema Único de Saúde (SUS).

Eles contaram que Daniela morava com os avós, já que seu pai biológico faleceu no ano passado e a mãe mora em outra cidade e não tem contato com ela. No entanto, devido à idade avançada, eles já não conseguem mais cuidar dela.

Sônia e Ademilson cuidam da menina há seis meses, e tem a intenção de adotá-la legalmente. O primeiro passo, no entanto, foi conseguir os documentos, já que a primeira via da certidão de nascimento dela não tem o nome do pai verdadeiro, e também foi extraviada.

“Tenho outros filhos e uma das filhas às vezes reclama do cuidado que temos com a Daniela, por sentir um pouco de ciúmes. Lá em casa a tratamos muito bem e ela mudou muito”, contou Sônia.

Ademilson explica que uma das principais preocupações é com a saúde: ”Ela está com um problema sério. Já passou mal na escola, em casa e, não conseguimos fazer o cartão do Sistema Único de Saúde (SUS), porque não tem documento e eu preciso muito desse papel para consultar, fazer exames e saber o que ela tem”, explicou.

Já Daniela não entende porque é necessária tanta burocracia para conseguir os papeis. Adelina Caetano de Oliveira, diretora da escola onde ela está matriculada, explica:

“Ela foi matriculada aqui apenas com o documento da guarda provisória. Nós, por sermos uma escola do campo, a aceitamos abrindo uma exceção, porque é difícil ver uma jovem fora da unidade escolar. Ela tentou se matricular em outra escola e não foi aceita por não ter registro”, explicou.

O projeto Ribeirinho Cidadão é realizado pelo Tribunal de Justiça e Defensoria Pública, com apoio do Governo de Mato Grosso, prefeituras, Marinha do Brasil e Assembleia Legislativa. Além de sábado (4), a 10ª edição também aconteceu no domingo (5), na comunidade Vale do Abençoados, localizado na divisa entre Santo Antônio e Campo Verde.
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