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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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Médico infectologista recomenda serviço de home care para reduzir o risco de infecção hospitalar

Foto: Da Assessoria

Médico infectologista recomenda serviço de home care para reduzir o risco de infecção hospitalar
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que 14% dos pacientes internados no Brasil são contaminados por bactérias dentro do hospital, número acima da média da Europa, de 10%. O médico infectologista Luciano Correa diz que esse índice pode diminuir com a utilização do serviço de home care, que possibilita internação de pacientes em suas próprias residências.

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“Ao sair do ambiente hospitalar, reduz a exposição a bactérias resistentes presentes em hospitais, principalmente em UTI’s (Unidades de Terapia Intensiva). A infecção nestas circunstâncias costuma ser mais grave e de difícil tratamento. A recuperação em casa é mais rápida e eficiente”, explica o médico infectologista Luciano Correa.
 
O serviço de home care ou assistência domiciliar é oferecido por empresas especializadas que equipam a residência e prestam atendimento por meio de profissionais da área da saúde. A internação domiciliar é um procedimento que vem crescendo nos últimos anos por um conjunto de critérios, como humanização do atendimento, redução de risco de infecção e desocupação de leitos em hospitais.
 
Apesar de os benefícios, a internação domiciliar deve ser solicitada pela equipe médica responsável pelo tratamento. Após esta recomendação, uma equipe da empresa prestadora de serviço é acionada para avaliar o paciente, classificar o tipo de atendimento necessário e prescrever o plano de atenção domiciliar necessário.
 
A contaminação dos pacientes internados em hospitais acontece mais comumente em pessoas que passam por procedimentos invasivos para a instalação de equipamentos respiratórios, sondas e cateteres.  Segundo o doutor Luciano Correa, nestes casos se têm uma “porta aberta” para as bactérias mais resistentes.
 
“Em casa, o paciente pode até permanecer com estes instrumentos, mas o organismo tende a ser mais resistente às bactérias que vivem no ambiente domiciliar do que as que estão presentes dentro do hospital”, comenta o médico.
 
Em Cuiabá e Várzea Grande, a Qualy Care, empresa prestadora de serviços de saúde móvel e domiciliar, possui atualmente 70 pacientes em atendimento domiciliar, seja por meio de convênio, particular ou do Sistema Único de Saúde (SUS).
 
Cláudia Manzini, gerente assistencial da empresa, conta que ao voltar para o convívio familiar o paciente retoma parte de sua rotina e com o acolhimento familiar pode até voltar a dormir no próprio quarto, tudo isso contribuindo para melhoria no quadro.
 
“A assistência médica domiciliar pode ser recomendada para diferentes casos, tantos para pacientes crônicos que precisam de melhoria na qualidade de vida, quanto para aqueles que estão à caminho da alta domiciliar. Neste último caso há até uma preparação da família para receber e acompanhar esta pessoa mesmo após a alta”, ressalta.
 
Custo do tratamento alternativo
 
A gerente da Qualy Care, Cláudia Manzini explica que os custos de uma internação domiciliar podem ser menores do que os hospitalares. “Em alguns casos, manter o paciente no hospital aumenta os riscos para a saúde dele e ainda prejudica outras pessoas que podem ser tratadas naquele leito. Isso, claro, sem falar na pessoalidade que o tratamento em casa possui e que tem influência direta na recuperação”, explica Cláudia.
 
O doutor Luciano Correa afirma que o retorno do paciente ao ambiente familiar contribui para o processo de alta do paciente e, para a família, ter o membro de volta tem um impacto socioeconômico. “O custo é menor e a possibilidade de estar perto de seu ente e acompanhar o tratamento é melhor para todos”, pontua.
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