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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Vila Bela recebe exposição fotográfica, Chorado e Congo em programação de transferência de capital do Estado

Foto: José Medeiros

Vila Bela recebe exposição fotográfica, Chorado e Congo em programação de transferência de capital do Estado
Em alusão aos tempos de quando era capital, Vila Bela da Santíssima Trindade recebe programação de comemoração aos seus 265 anos de criação. A partir desta sexta (17) até domingo (19), Vila Bela torna-se novamente capital de Mato Grosso com a presença do governador Pedro Taques, o secretário de Cultura Leandro Carvalho e demais autoridades para os festejos e apresentações de Chorado, Congo e mostra fotográfica de José Medeiros.
 
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Nascida de um quilombo no século XVIII, a história da cidade está ligada intimamente com o surgimento deste Estado. Foi a primeira capital de Mato Grosso e teve o poder estadual instalado de 1748 a 1835. As comemorações pelo aniversário da cidade e transferência de poderes começam na sexta-feira (17) com uma sessão conjunta entre a Assembleia Legislativa e a Câmara Municipal às 19h.

No sábado (18) as atrações culturais se iniciam e a comunidade poderá conferir uma exposição de telas de artistas locais e fotografias de José Medeiros no Palácio dos Capitães Generais, prédio histórico tombado pelo Estado, que passou por obras de manutenção e foi entregue à população vilabelense em 2016.

A partir das 19h30, em um cinema montado nos fundos das ruínas, serão exibidos documentários e curtas-metragens que retratam a cinematografia negra. Os shows acontecem a partir das 23h.

O domingo (19), dia de aniversário da cidade, começa com um cortejo do governador e autoridades acompanhados pelos dançarinos do Congo e do Chorado. Em seguida há um chá afro no Palácio dos Capitães Generais, missa na Igreja Matriz e desfile cívico, seguido da cerimônia de transferência da capital mato-grossense. O dia termina com exibição de filmes e apresentações culturais, entre elas as danças do Congo e do Chorado, no Espaço Cultural do município.

A programação tem apoio do Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (SEC).

Tradição

Na dança do Congo, reis e embaixadores travam uma luta dramatizada em que dois reinados africanos disputam o poder. Os homens tocam os instrumentos e as mulheres representam as rainhas, que trajam vestidos longos e levam o estandarte com os santos de louvor: São Benedito e Nossa Senhora do Rosário.
Os personagens do reinado do Congo são o Rei, o Príncipe e o Secretário de Guerra; do reino adversário aparecem o Embaixador e soldados. A nobreza usa mantos, coroas e bastões coloridos e ornamentados com flores como instrumentos.

Em Mato Grosso, a dança surgiu com a vinda de escravos e manifesta a resistência dos negros que ficaram no município, mesmo com a transferência da Capital para Cuiabá.

A dança do Chorado também surgiu no período colonial e leva esse nome porque representa o choro dos negros escravos para que seus senhores perdoassem os castigos impostos aos transgressores. As mulheres dançam equilibrando garrafas de canjinjim na cabeça para pedir a liberdade aos seus familiares. O ritmo da música é afro, com marcações em palmas, mesa, banco ou tambor. 
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