Empolgação da banda, qualidade de áudio e organização do evento foram alguns dos destaques do show “Capital Inicial Acústico em Nova York”, no último sábado (25), na Musiva, em Cuiabá. Ingressos esgotados com dias de antecedência garantiram casa cheia e público eufórico. A banda tocou por pouco mais de duas horas. O evento contou com o apoio do site Olhar Direto.
Às 22h30 os primeiros acordes da Banda Fábrica ascenderam a casa de shows Musiva, com sucessos de Coldplay e Jota Quest. A banda chamou atenção pela força de sua bateria e por mesclar sons mecânicos com riffs ao vivo. O próximo a se apresentar foi Raphael Koury, que deu um show de qualidade técnica e simpatia, com hits de Jon Bon Jovi e baladas românticas.
Sem mais delongas, Capital Inicial assumiu o palco à 1h30 da manhã, com o hit “Depois da Meia Noite” (relembre o som no vídeo abaixo). Sem perder nada do que forma a marca registrada de Dinho Ouro Preto, o Capital deu um show de alegria no palco e contagiou o público.
Não é à toa o sucesso. A banda celebra 30 anos desde o lançamento de seu primeiro álbum e 15 anos do lançamento do “Acústico MTV”, show que consagrou a carreira do Capital Inicial.
A turnê, longe da seriedade apresentada em Nova York, durante gravação do DVD acústico, garante força e embalo nos riffs, mesmo com a ausência das guitarras elétricas.
Foram as músicas especiais, originais de outras bandas, que chamaram maior atenção do público, como “Tempo Perdido”, do Legião Urbana, banda oriunda do grunge “Aborto Elétrico”, que marcou o cenário rock de Brasília e que foi formada pelo baterista do Capital, Fê Lemos.
Não bastando, a banda ainda contou com a participação do ex-guitarrista do Charlie Brown Jr. Thiago Castanho que, só, cantou e tocou “Proibida Pra Mim”, em um momento de nostalgia e homenagem. Em seguida, outro hit da extinta banda de Santos, “Me encontra”.
E, obviamente, sucessos de Capital Inicial: "Quatro Vezes Você", "Eu Nunca Disse Adeus", "À Sua Maneira", "Olhos Vermelhos", "Como Devia Estar", "O Lado Escuro da Lua" e “Fátima”.
O tempo parece correr mais devagar para Capital Inicial (especialmente para Dinho Ouro Preto, que desconhece mudanças trazidas pelo tempo). A banda não perde o ar de juventude, alegria e revolta deixada em Brasília há mais de três décadas. Prova disto é que no dia anterior à vinda deles à Cuiabá, a banda tocou na capital federal e qualquer ar de cansaço foi imperceptível.
“Uma banda que está sempre olhando para o futuro e não se pauta pela nostalgia. Além de possuir uma rica história, eles estão sempre lançando novos trabalhos e, com isso, contam com um público que é atemporal”, destacou Marcelo Rocha, produtor cultural na MR Produções e colunista em Olhar Conceito.
Quem viu, viu, quem não viu, perdeu! Daqui a banda segue para Rondônia e finalmente atinge o destino final e mais esperado da turnê, três shows no Japão e dois nos Estados Unidos. Todos, certamente, com casa lotada.
A vinda do Capital Inicial para Cuiabá contou com o apoio de Olhar Direto.
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