Olhar Conceito

Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Notícias | Política Cultural

LONGE DAS PÁGINAS POLICIAIS

Taques afirma que enterrou o passado da cultura que tinha conselheiros presos e só financiava apaniguados

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Taques afirma que enterrou o passado da cultura que tinha conselheiros presos e só financiava apaniguados
Muito mais do que instituir uma legislação para facilitar o funcionamento, com o Conselho de Cultural, Plano Estadual e Fundo da Cultura (CPF), o atual governo de Mato Grosso retirou a pasta da páginas policiais e moralizou o segmento, como um todo, e a aprovação de projetos sem apadrinhamento. A avaliação do governador José Pedro Taques (PSDB) foi feita perante dezenas de secretários municipais de cultura, superintendentes e coordenadores, durante o Fórum de Gestão Cultural, no Cine Teatro Cuiabá, nesta quarta-feira (12), num breve comparativo a gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), preso desde setembro de 2015.
 
“Antigamente, no Conselho Estadual de Cultura, tínhamos busca e apreensões. Conselheiros prestos! Era uma panelinha”, criticou Taques, ao enfatizar que não raras vezes os amigos dos poderosos é que recebiam os incentivos de projetos de fomento à produção cultural.

Leia Mais:
- Pós tempos de abandono, integração cultural dos municípios de Mato Grosso tende a deslanchar
 
- Impossível não sentir coração bater forte em Paixão de Cristo; milhares se emocionam e muitos choram no Sesi Papa

“Os amigos e apaniguados é que recebiam [dinheiro de projetos]. Amigos do rei é que conseguiam os melhores projetos. Nós queremos afastar isso aí. Eu não preciso conhecer você pessoalmente para admirar o seu trabalho. É isso que estamos tentando aqui”, sintetizou Taques, sob aplausos dos dirigentes municipais de cultura.
  
Pedro Taques exortou os municípios a construírem as suas políticas públicas de cultura de forma consistente e continuada. “Boas ideias e bons projetos sempre terão espaço para a conquista de financiamento”, afiançou ele, para a reportagem do Olhar Conceito.
 
O secretário de Estado de Cultura, maestro Leandro  Carvalho, citou que a organização das prefeituras é essencial para que Mato Grosso demonstre suas múltiplas facetas em história, tradições, literatura, música, dança e outras formas.
 
“Muitos [municípios] vêm apenas feira de pecuária e rodeio, como cultura. Mas teatro, dança, circo, biblioteca, design, moda, gastronomia: tudo é cultura. Por incrível que pareça, para muitas cidades isso é novidade. A gente começa implantando os marcos legais pensando nas próximas gerações e não nas próximas eleições”, definiu Leandro.
 
Do financiamento liberado nos últimos 24 meses, mais de 60% dos recursos são direcionados para o interior. “Neste ano, por exemplo, 540 espetáculos e exposições em 56 municípios – um recorde. Estão divididos em Prêmios, Territórios, Tradições e Circula Mato Grosso. Sem contar que, em 2016, foram 259 espetáculos, pontuou o secretário de Cultura.
 
Atualmente, os projetos analisados por consultores independentes que emitem parecer e não mais pelo Conselho Estadual de Cultura. “São consultores rotativos a cada ano e especializados em cada área. É por isso que a cultura responde por 4% do PIB brasileiro”, complementou Carvalho.
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet