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Terça-feira, 16 de abril de 2024

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Comemorando 20 anos de existência, Palco Giratório começa nesta quinta em Cuiabá

Foto: Pedro Isaias Lucas

Comemorando 20 anos de existência, Palco Giratório começa nesta quinta em Cuiabá


Completando vinte anos em 2017, o festival Palco Giratório chega a Cuiabá na próxima quinta-feira (4), e a Rondonópolis no próximo dia 16 de maio. Em ambas as cidades, ele permanece até o dia 27 do mesmo mês, com apresentações tanto no Sesc quanto espetáculos de teatro de rua que, na capital, vão à Orla do Porto e ao Centro Histórico.

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O projeto teve seu lançamento na cidade de Campina Grande, na Paraíba, no dia 29 de março, e segue até dezembro passando por 144 cidades, com 685 apresentações artísticas de 20 companhias.
 
Dentre as apresentações está, por exemplo, uma releitura da obra de Shakespeare, feita por Augusto Boal, ‘Caliban – A Tempestade’, da Companhia ‘Oi Nóis Aqui Traveiz’, e ‘Ledores no Breu’, peça paulista da ‘Cia. Do Tijolo’. O espetáculo utiliza a lição de Paulo Freire, o cordel de Zé da Luz e os textos de Guimarães Rosa para abordar as questões, causas e consequências do analfabetismo. Entre os destaques também está a peça ‘Caranguejo Overdrive’, da Aquela Cia. de Teatro, vencedora de três prêmios Shell, e ‘DNA de DAN’, Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna.

“O Palco Giratório é um projeto que vai além do circuito de espetáculos, pois leva ideias, provocações e questões lançadas pela curadoria para o Brasil, incluindo cidades pequenas. São 20 anos disseminando as artes cênicas, em diferentes manifestações e linguagens culturais, promovendo intercâmbio de modos de fazer, criar, pensar e sentir”, ressalta Raphael Vianna, coordenador nacional do projeto, via assessoria.
A curadoria do evento é feita por profissionais do Sesc, e, além das apresentações, acontecem também diversas oficinas pelo ‘Pensamento Giratório’, com o objetivo de promover e incentivar as manifestações artísticas regionais, fomentando a troca de experiências.
 
Confira a programação completa em Cuiabá:
 
Quinta (4/5): Abertura
Show com Sistema Criolina (DF)
Performances: Crespa Crew, Sabota Beat Crew, Stiletto com Aline Fauth, Variações de Artes e Juliana Graziela
Local: Jardim Sesc Arsenal
Gratuito / Livre

Sexta (5/5): Finita – Denise Stutz (RJ)
O ponto de partida foi a doença da minha mãe e uma carta que encontrei dela para mim. Essa carta me trouxe a reflexão sobre o tempo, sobre o fim das coisas e então comecei a pensar como falar do que não existe mais. Qual a qualidade de um movimento que prenuncia a dança e que não dança mais que se dá a ver? Uma qualidade que não se mostra, sugere. Como construir a partir de uma brecha possível entre a presença e a ausência, entre o que ainda vive, mas já não existe mais.
Local: Teatro, Sesc Arsenal
Horário: 20h
Entrada: 02 litros de leite UHT
Classificação: 12 anos
210 lugares

Sábado (6/5): No corpo outra vez – Comadança (MT)
Espetáculo de dança com quatro momentos de intimidades, na qual, metáforas poéticas revelam hábitos e floram lembranças. Num lugar de um presente que reabsorve o passado e o futuro, um futuro e um passado que dividem a cada instante o presente. Os quatro momentos são permeados por pessoas aparentemente comuns na sociedade, que revelam por meio de uma partitura gestual sutil, minuciosa e dançam. Aparentemente utilizam o mesmo espaço, e percebem distintas subjetividades, como cada um as percorrem, vê e ouve e vivem outra vez.
Local: Teatro, Sesc Arsenal
Entrada: 02 litros de leite UHT
Classificação: 18 anos
44 lugares
Horário: 20h

Domingo (7/5): O quadro de todos juntos – Pigmalião Escultura que mexe (MG)
Uma família posa para um retrato. O instante de um flash revela além da superficialidade. Mostra a frágil estrutura por trás dessa imagem perfeita. Segredos postos ao chão. Suspensão do tempo. Cada um de seus integrantes expõe seus mais íntimos e secretos desejos. Todos são espelhos. Todos juntos. Um encontro de família em que a realidade, o simulacro e o delírio confrontam-se em um quadro mais que verdadeiro.
Horário: 20h
Local: Teatro, Sesc Arsenal
Entrada: 02 litros de leite UHT
Classificação: 18 anos
210 lugares

Terça (9/5): Ruína dos Anjos – Outra Companhia de Teatro (BA)
Num misto de teatro de rua, intervenção urbana e performance, o espetáculo tem como mote a reabertura de um cinema de bairro e a esperança de renovação que ela traz para aquele lugar, que no passado viu um apogeu e hoje vivencia um abandono. Tal qual a vida dos personagens condutores da narrativa itinerante, que perderam a luz que um dia tiveram: uma travesti, um vendedor de café, um pastor traficante, um burguês homofóbico, uma moradora de rua catadora de lixo e uma artista de rua. O espetáculo que se dá na dinâmica do trânsito e da noite do centro da cidade grande, conduz o público a enxergar situações que atravessam discussões sobre violência, marginalidade, tráfico de drogas, invisibilidade social, comercialização da fé e gênero. 
Local: Centro Histórico de Cuiabá (Inicio em Frente ao antigo Cine Bandeirantes, na Pedro Celestino, 199 - Centro)
Horário: 18h
Gratuito
Classificação: Livre 

Quarta (10/5): DNA de Dan – Maikon K (PR)
Dan é a serpente ancestral africana, origem de todas as formas. “DNA de DAN” é uma dança-instalação de Maikon K, contemplada com o Prêmio Funarte Klauss Vianna. A performance acontece dentro de um ambiente inflável transparente criado pelo artista Fernando Rosenbaum, proporcionando ao público uma experiência de imersão. A construção de uma segunda pele, o ambiente artificial e a relação com o público são dispositivos para esta experiência, na qual o corpo do artista passa por sucessivas transformações. Em 2015, “DNA de DAN” integrou a mostra “Oito Performances”, dentro da exposição “Terra Comunal: Marina Abramovic + MAI”. 
Horário: a partir das 19h
Local: Salão Social, Sesc Arsenal
Entrada Franca
Classificação: 18 anos
Devido a especificidade do trabalho serão distribuídas senhas para acesso ao espaço, em sistema de revezamento de entrada. 

Quinta (11/5): Da lama nasce – Millena Machado (MT)
Água suja, água limpa, água de beber, água de nadar. Uma sereia é resgatada por um personagem sem face: um mergulhador de escafandro. Compartilhando corpos, os dois personagens ganham vida a partir do trabalho físico da performer que acopla em seu corpo elementos que formam os dois corpos de ambos os personagens.
Horário: 19h
Local: Jardim, Sesc Arsenal
Gratuito
Classificação: Livre 

Sexta (12/5): Women’s – Experiência subterrânea (SC)
Women's, um espetáculo que mostra um momento da vida de uma faxineira que em seu local de trabalho, um necrotério, dialoga com um corpo que aguarda autópsia. Women's toca o tema da morte e dos afetos a partir da exploração do risco físico que é experimentado na cena. O corpo manipulado é um elemento central do espetáculo que coloca em jogo os limites do pudor. O espetáculo do Grupo Experiência Subterrânea está relacionado com sua pesquisa sobre o trabalho do ator sobre o risco e uma atuação por estados. 
Horário: 20h
Local: Teatro, Sesc Arsenal
Entrada: 02 litros de leite UHT
Classificação: 18 anos
210 lugares

Sábado (13/5): Inhamor – Thereza Helena (MT)
Inhamor ou receita seleciona alguns dos aspectos da vida cotidiana das mulheres que apesar de constituí-lo naturalmente, são levados por um comportamento social taxativo e segregador a problematizar relações que poderiam ser construídas de forma orgânica e prazerosas como sua relação com o próprio corpo, com a alimentação, com a maternidade, com o olhar, regras e expectativas do outro.
Horário: 20h
Local: Teatro, Sesc Arsenal  
Entrada: 02 litros de leite UHT
Classificação: Livre
30 lugares

Domingo (14/5): A beira de... – Silvia Moura (CE)
Um estado... momentâneo ou não. Estarrecedor. A necessidade de estancar para daí conseguir falar sobre algo ou sobre uma sensação causada por várias insatisfações. Esse trabalho trata da busca por um estado de presença que estabeleça com o público uma relação de casualidade. O público ilumina o espetáculo e é levado a procurar um lugar para conseguir ver o trabalho da forma que lhe for menos arriscado. É proposto ao público segurar objetos que poder cair, escolher um lugar para ficar, escolher que parte deve ser iluminada do trabalho, a interação direta com o público é parte da composição do trabalho.
Horário: 20h
Local: Teatro, Sesc Arsenal
Entrada: 02 litros de leite UHT
Classificação: Livre
20 Lugares

Terça (16/5): Andarilhos das estrelas – Grupo Tibanaré (MT)
Uma trupe de brincantes chega com seu espetáculo de rua, estruturado num cortejo cênico musical. Transitando por entre ruas, ruelas, praças, estações, ônibus coletivo e outros lugares que surgirem no caminho, os andarilhos buscam uma relação festiva, de modo que possa surpreender o público em qualquer hora e lugar, desarmando a urbanidade com dança, cantos populares e representações poéticas.
Horário: 10h
Local: Centro Histórico de Cuiabá (Inicio na Praça da República)
Gratuito – Classificação: Livre

Terça (16/5): Os mequetrefe – Parlapatões (SP)
Em "Os Mequetrefe" quatro palhaços que, não por acaso, se chamam Dias, vivem a jornada de um longo e divertido dia. Do despertar à hora de ir dormir, revelam como a desconstrução da lógica cotidiana pode abrir espaço para outras maneiras de encarar a vida. Vivendo situações bem comuns esses cidadãos nada comuns provocam uma série de confusões tão hilárias quanto poéticas. Da maneira como acordam, passando pelo jeito como se vestem para ir trabalhar, eles encaram essa aventura através do dia de maneira cômica. Depois de acordar, os Dias pegam o ônibus, que irá se transformar em tudo que pode levar gente, seja navio ou trem, para simplesmente irem ao trabalho, e assim manipulam objetos de cena de maneira lúdica, sempre carregados de um humor provocativo.
Horário: 20h
Local: Teatro, Sesc Arsenal
Entrada: 02 litros de leite UHT
Classificação: Livre
210 lugares

Quarta (17/5): Fui! – Cia Senhas de Teatro (PR)
A CiaSenhas excursiona pelo universo juvenil com a montagem FUI!, livremente inspirado na obra literária Tchick de Wolfgang Herrndorf, com texto e direção de Sueli Araujo. O espetáculo apresenta quatro personagens que se encontram após 15 anos para, através da criação de uma peça de teatro, lembrarem e reviverem as experiências que compartilharam quando eram jovens. Temas como amizade, solidão, confiança e sexualidade são abordados na montagem. Com uma linguagem dinâmica e direta, Fui! apresenta ao público um recorte sensível sobre ser jovem ontem e hoje. Amizade e memória norteiam a peça que se desenha, também, a partir da relação com quem a vê.
Horário: 18h
Local: Teatro, Sesc Arsenal
Entrada: 02 litros de leite UHT
Classificação: 12 anos
210 lugares

Quarta (17/5): Ledores no Breu – Cia do Tijolo (SP)
Inspirado no pensamento e na prática do educador Paulo Freire e nas obras do poeta Zé da Luz e do ficcionista Guimarães Rosa, o espetáculo trata das relações entre o homem da leitura, das letras e do mundo ao seu redor. Ledores no Breu traz histórias que acompanham tantos leitores na escuridão e analfabetos em pleno século XXI, seres que percorrem distâncias para elucidar suas dúvidas, seus erros e seus crimes. Um homem que por não poder ler as letras comete um crime contra seu amor e contra si mesmo; outro homem que desperta para as artimanhas e dubiedades da palavra ou alguém que reinventa o afeto a partir das letras que formam um nome. Personagens que a partir de suas relações com as letras e as palavras têm suas vidas profundamente transformadas.
Horário: às 20h
Local: Salão Social, Sesc Arsenal
Entrada: 02 litros de leite UHT
Classificação: Livre
50 lugares

Quinta (18/5): Abrazo – Grupo de Teatro Clowns de Shakespear (RN)
Segunda parte da trilogia que compõe o projeto de pesquisa latino-americano (as outras duas são Nuestra Senhora de Las Nuvens e Dois Amores y um Bicho). Abrazo é uma obra voltada para o público infanto-juvenil, que pode ser assistido por crianças e adultos de todas as idades. Num lugar em que não é permitido abraçar, personagens atravessam um quadrado contando histórias de encontros, despedidas, opressão, exílio e, porque não, de afeto e liberdade. O espetáculo não verbal, conta com a música especialmente composta para a cena e com vídeo de animação para narrar essa aventura inspirada em "O Livro dos Abraços", de Eduardo Galeano.
Horário: às 18h
Local: Teatro, Sesc Arsenal
Entrada: 02 litros de leite UHT
Classificação: Livre
 210 lugares

Quinta (18/5): Desmontagem Evocando os Mortos – Poéticas da experiência – Tânia Farias “Oi Nós aqui traveiz” (RS)
A desmontagem “Evocando os mortos – Poéticas da experiência” refaz o caminho da atriz na criação de personagens emblemáticos da dramaturgia contemporânea. Constitui um olhar sobre as discussões de Gênero, abordando a violência contra a mulher em suas variantes, questões que passaram a ocupar centralmente o trabalho de criação do grupo Ói Nóis Aqui Traveiz.
Desvelando os processos de criação de diferentes personagens, a atriz deixa ver quanto as suas vivências pessoais e do coletivo Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz atravessam os mecanismos de criação. 
Horário: 20h
Local: Salão Social, Sesc Arsenal
Entrada: 02 litros de leite UHT
Classificação: 16 anos
50 lugares 

Sexta (19/5): Caliban – A tempestade de Augusto Boal – Tribo de atuadores Ói nóis aqui travéiz (RS)
A figura de Caliban em A Tempestade, de Boal, ratifica a fundação mais firme de uma representação voltada para as margens. Falar em Caliban como símbolo de nossa identidade e do teatro latino-americano, nos leva a explorar novas sendas, novas categorias e a possibilidade de pensar e fazer teatro de outro modo. Implica em tornar visível as inumeráveis contradições e complexidades que configuram as sociedades contemporâneas marcadas pela ferida colonial.
Horário: 17h
Local: Orla do Porto (Em Frente ao Museu do Rio), Cuiabá
Gratuito – Classificação: Livre

Sexta (19/5): Ninhos – Balangançanda Cia (SP)
Imagens e poesias de movimento apresentam NINHOS como lugar de partida para voos, descobertas, passeios. Neste jogo, brincadeiras de crianças confundem-se com movimentos de animais lembrando as similaridades entre movimentações de diferentes espécies. Os ninhos são os momentos de recolhimento que fortalecem relações mais sutis, íntimas e subjetivas, tão importantes para a criança. NINHOS não conta uma história, nem precisa de explicação. Propõe um espaço de imaginação em que o espectador estabelece suas próprias relações no contato direto com a dança que se apresenta. Cria Junto.
Horário: 20h
Local: Jardim, Sesc Arsenal
Gratuito – Classificação: Livre

Sábado (20/5): Cinzas ao solo – Alexandre Américo (RN)
Esta obra pretende tematizar o entendimento de dança do próprio bailarino. Ao utilizar a metáfora do homem que caminha devorando o "mundo", o intérprete inicia a busca pela sensação de comunhão com o todo, de ancestralidade, de atemporalidade. Em seu percurso criativo, o bailarino mergulhou em diversos locais de natureza exuberante, lugares sagrados quase nunca tocados, lugares de silencio e força... na tentativa de tocar o invisível, de encontrar o "ancestral", o primeiro e o último homem que dançou.
Horário: 20h
Local: Teatro, Sesc Arsenal
Entrada: 02 litros de leite UHT
Classificação: Livre | 210 lugares

Domingo (21/5): Palafita – Grupo Fuzuê (CE)
É uma proposição de equilibro entre dois corpos, ora sobre mãos e pés, ora reconstruindo formas de estar no outro. A sustentação do corpo sobreposto se da pela busca de eixos estáveis, remetendo a imagem dos casebres lacustres que conhecemos por palafitas que se erguem em lagos e regiões pantanosas como estratégia de se habitar um espaço. O conceito de morada aqui cria a subjetividade da proteção, uma maneira de habitar os terrenos não estáveis da condição humana. 
Horário: 20h
Local: Salão Social, Sesc Arsenal
Entrada: 02 litros de leite UHT
Classificação: 12 anos | 50 lugares

Terça (23/5): Maiêutica – Raquel Mutzenberg (MT)
Partejar de ideias. Ideias que compõem um corpo-matéria que se dobra, desdobra e se faz em dobras, atualiza e condensa as fisicalidades e a plasticidade de seres em cena. O corpo é recurso material e plástico, que se deixa dividir ou multiplicar pelas subjetividades femininas: a capacidade de renascer, de se re-parir. 
Horário: 10h
Local: Centro Histórico de Cuiabá (Inicio no Beco do Candeeiro - Esquina Prainha com Rua Voluntários da Pátria)
Gratuito - Livre

Terça (23/5): Boé – Cia Faces de Teatro (MT)
Um corpo morre e o universo entra em desequilíbrio. Os corpos que ficaram se potencializam em ações: A mãe que se corta, a esposa grávida que força o nascimento do filho, o desconhecido que fuma, a onça que precisa morrer para que o equilíbrio volte. Boé caminha pelos desencadeamentos do contato num mundo de interferência e desencontros onde uma alma, já sem corpo, precisa partir para encontrar seu lugar.
Horário: 20h
Local: Salão Social, Sesc Arsenal
Entrada: 02 litros de leite UHT
Classificação: 18 anos
50 lugares

Quarta (24/5): Dilúvio MA – Ecopoética (RS)
Ma no Zen-budismo significa “vazio”, ou ainda “espaço entre as coisas”. A intervenção DILÚVIO MA – que carrega esse nome por ter sido realizada pela primeira vez sobre o arroio Dilúvio em Porto Alegre - transcorre com os performers no interior de uma rede cheia de lixo, balançando durante algumas horas sobre espaços da cidade carentes de cuidado e atenção. Para compor a ação, os artistas buscaram referência na dança Butoh japonesa, habitando o interior da instalação de lixo com composições coreográficas e imagéticas, práticas meditativas e exercícios de respiração. A intervenção chama atenção para a responsabilidade com tudo aquilo que descartamos e para a urgência no tratamento de questões ambientais e sanitárias que deveriam ser prioritárias à saúde urbana. 
Horário: A partir das 8h
Local: Córrego do Barbado (próx. ao Viaduto da UFMT)
Gratuito
Classificação: Livre

Quarta (24/5): Caranguejo Overdrive – Aquela Cia de Teatro (SP)
Caranguejo Overdrive conta a história de Cosme, ex-catador de caranguejos no mangue carioca da metade do século XIX. Convocado para integrar as forças brasileiras na Guerra do Paraguai, enlouquece no campo de batalha, volta ao Rio e encontra uma cidade em grande transformação. Ele é um homem, ou um caranguejo, ou um soldado, ou um operário. Mergulhado na guerra, sofre um colapso; de volta à cidade onde nasceu, encontra um Rio de Janeiro em convulsões urbanísticas – uma cidade, para ele, irreconhecível e com sabor de exílio. Cosme, ex-combatente da Guerra do Paraguai, dispensado por ter enlouquecido na batalha, volta nos anos 1870 ao Rio. Procura o Mangue – a parte da cidade então chamada Rocio Pequeno, hoje a Praça 11 - e se emprega na construção do canal que representou a primeira grande obra de saneamento do Rio. Mais uma vez é presa de uma crise – abandona tudo, vaga pela noite, mergulha no delírio. Apanhado por uma tempestade dessas tão conhecidas dos cariocas, torna-se enfim um caranguejo. Mais duas referências se impõem na proposta de Caranguejo Overdrive – a primeira, a do Manguebeat de Chico Science, uma fusão de música eletrônica e tambores de maracatu. Mais uma vez, a música em cena compõe a performance, com Felipe Storino (guitarra e direção musical) à frente. São todas canções/trilhas originais, dialogado com a performance dos atores. 
Horário: 20h
Local: Salão Social, Sesc Arsenal
Entrada: 02 litros de leite UHT
Classificação: 18 anos
50 lugares

Quinta (25/5): Lete – Beradera Cia de Teatro (RO)
Lete, na mitologia grega, é o rio do esquecimento. É ele quem apaga nos homens as suas vidas passadas. Esta peça, que estreou em maio de 2013 - antes da cheia histórica do rio Madeira, que ultrapassou em dois metros a última marca registrada e afogou comunidades ribeirinhas inteiras – reflete, em um ambiente ficcional, sobre os diversos ciclos migratórios que moldaram a cidade de Porto Velho, culminando com o ciclo das usinas hidrelétricas. A peça lança luz sobre as vozes não ouvidas nestes processos econômicos e evidencia a memória que se esvai nas águas velozes e violentas do rio. Quatro atores-narradores se revezam em mais de vinte personagens em uma trama construída sobre cem anos de história concentradas em uma. 
Horário: 20h
Local: Salão Social, Sesc Arsenal
Entrada: 02 litros de leite UHT
Classificação: 12 anos
50 lugares

Sexta (26/5): #Nudes – Lucas Koester (MT)
Matéria qualifica, matéria organiza, matéria realiza, matéria idealiza, matéria tece, matéria prima, matéria escolhe, matéria sobra. Vaidade. Matéria sobra sem compromisso, matéria vulgariza, matéria banaliza, matéria comum, matéria qualquer, matéria that doesn’t matter.
Horário: às 20h
Local: Teatro, Sesc Arsenal
Entrada: 02 litros de leite UHT
Classificação: 16 anos
210 lugares

Sábado (27/5): Na esquina – Coletivo na esquina (MG)
Na esquina, via cruzada de caminhos que buscam por outros. Ciclos e repetições criam uma paisagem afetiva entre amigos e um espetáculo que se constrói pela espontaneidade do elenco. Performances simultâneas entram em jogo em inter-relações diversas: o mastro chinês, o trapézio fixo, a lira, o malabares, a acrobacia de solo e o mão-a-mão. Na Esquina camufla as dinâmicas dos ensaios, falseia e assume processos preparatórios, rompe a previsibilidade entre o que deve ser mostrado e o que é excluído num espetáculo. O encontro é a possibilidade de produzir a diferença, para além do reforço das identidades, abre-se para as relações entre quem atua e quem assiste; Na Esquina é o ponto de partida para outros lugares.
Horário: às 19h
Local: Jardim, Sesc Arsenal
Gratuito – Classificação: Livre

Domingo (27/5): Hamlet – Processo de Revelação – Coletivo Irmãos Guimarães (DF)
Um ator em cena, o próprio dramaturgo, Emanuel Aragão, tenta reconstruir a narrativa de Shakespeare em um diálogo direto e aberto com a plateia. Utilizando dispositivos geradores de materialização de presença, em diálogo direto com a performance art, recurso muito presente na trajetória do Coletivo Irmãos Guimarães, o espetáculo busca a concretização cênica do percurso trágico da personagem de Shakespeare. Ou seja, uma junção, in loco da dimensão do performer à dimensão da personagem presente na fábula. A busca pela resposta a uma pergunta fundamental: é possível que, na cena, o ator/performer atravesse, de fato, a trajetória da personagem?
Horário: às 20h
Local: Teatro, Sesc Arsenal
Entrada: 02 litros de leite UHT
Classificação: 12 anos
210 lugares

Pensamento Giratório

Domingo - 07/05 às 18h
PRESENÇA, AUSÊNCIA E MEMÓRIA, COM DENISE STUTZ (RJ)
Denise propõe uma conversa sobre a memória, a presença e a ausência, e como esses aspectos se representam através da sua performance. Outro aspecto que será abordado é a performance autobiográfica. Denise iniciou seus estudos de dança em Belo Horizonte. Em 1975, junto com outros 10 bailarinos fundou o grupo Corpo. Trabalhou com Lia Rodrigues como bailarina, professora e assistente de direção. Foi professora do curso técnico da escola Angel Vianna. A partir de 203 começou a desenvolver seu próprio trabalho solo, apresentando-se no Brasil, Europa, África e Austrália.
Núcleo de memória e pesquisa em Artes Cênicas, Sesc Arsenal – Gratuito – Classificação 16 anos

Quarta - 10/05 às 18h
DESCORTINANDO O INVISÍVEL, COM A OUTRA COMPANHIA DE TEATRO (BA)
Pensar a cidade em seus quadros sociais, políticos e culturais; entender o ofício do artista e o labor do teatro de grupo; enxergar os atravessamentos da arte e da contemporaneidade - são os dispositivos norteadores dessa proposta. A partir da experiência de ocupação, convívio e ação d'A Outra Companhia no bairro do Politeama, localizado no centro de Salvador (BA), pretende-se discutir junto ao público os modos de manutenção, renovação e interlocução de um grupo artístico com seu entorno e para além do mesmo, do ponto de vista econômico-financeiro (as vias de captação, as relações com poder público e privado), sociopolítico (as divergentes sociais, as interferências da ação política no município, no estado, no país e nas crescentes definições geográficas) e estético-cultural (as estratégias de criação, os conectivos dramatúrgicos, as escolhas cênicas).
Núcleo de memória e pesquisa em Artes Cênicas, Sesc Arsenal – Gratuito – Classificação 16 anos

Quinta - 11/05 às 18h 
PERFORMANCE E XAMANISMO – A CONSTRUÇÃO DO CORPO LIMINAR, COM MAIKON K (PR)
Quais os pontos de contato e semelhanças na preparação/formação de um artista de performance e no treinamento de um xamã? A partir da análise de obras performáticas e rituais de diversas culturas, tendo como base estudos de antropologia, buscaremos apontar alguns métodos e práticas corporais com os quais xamã e performer constroem um "corpo de passagem", capaz de acessar e comunicar outras realidades, esferas de atuação extracotidianas. Um corpo sem identidade fixa, que busca ser uma fresta entre mundos, um lugar liminar, "entre". Quais práticas corporais e procedimentos estéticos permitem ativar um outro corpo, além do corpo social cotidiano? Do que este corpo pretende ser capaz? Como a visão de mundo xamânica pode contribuir para a arte da performance?
Núcleo de memória e pesquisa em Artes Cênicas, Sesc Arsenal – Gratuito – Classificação 16 anos

Domingo - 14/05 às 18h
PANORAMA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA CIRCO E TEATRO, COM PARLAPATÕES (SP)
O fundador do grupo Parlapatões, Hugo Possolo, apresenta uma palestra sobre a situação das Políticas Públicas voltadas ao Circo e ao Teatro. De sua experiência como integrante do Movimento Arte Contra a Barbárie (2001), na formulação da Lei de Fomento ao Teatro da cidade de São Paulo; de sua participação há dez anos como curador do Festival Paulista de Circo, da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo; bem como de sua passagem pela Coordenação Nacional de Circo, da Funarte/MinC (2004/2005), e de sua experiência recente (2016) como Articulador da Política Nacional das Artes, para Funarte/MinC/Unesco, apresenta uma perspectiva histórica e teórica sobre as ações dos governos voltadas às artes cênicas e sua influência no fazer artístico brasileiro.
Núcleo de memória e pesquisa em Artes Cênicas, Sesc Arsenal – Gratuito – Classificação Livre

Terça - 16/05 às 18h
A CENSURA NO TEATRO BRASILEIRO DURANTE A DITADURA MILITAR, COM TRIBO DE ATUADORES ÓI NÓIS AQUI TRAVEIZ (RS)
A palestra aborda um dos piores momentos da história do teatro brasileiro, devido à repressão e à censura exercidas pelo regime autoritário. No período da ditadura, a partir de 1964, o teatro sofreu grandes perseguições. Em especial dois grupos, o Oficina, em torno de seu diretor José Celso Martinez Corrêa, e o Arena, em torno de Augusto Boal, que se dedicaram a criar uma dramaturgia brasileira e uma nova formação do ator. Extremamente engajados, e invocando o teórico e dramaturgo alemão Bertolt Brecht como nome tutelar, marcariam a história do teatro no país. Essa situação só piorou após a promulgação do Ato Institucional Nº 5 (AI-5) em 1968, que deflagrou o terror de Estado e exterminou aquilo que fora o mais importante ensaio de socialização da cultura jamais havido no país.
Núcleo de memória e pesquisa em Artes Cênicas, Sesc Arsenal – Gratuito – Classificação Livre

Oficinas

Quinta e sexta - 11 e 12/05 das 09h às 13h
OFICINA TEATRO DOCUMENTÁRIO, COM A OUTRA COMPANHIA DE TEATRO (BA)
A partir de uma estrutura de jogo onde participantes dialogam com objetos e desenhos expostos na sala (exemplo: mala - depoimento em terceira pessoa, porta - confissão sem palavras, janela - o ponto de vista sobre a história de terceiros, interrogação - indagações sobre si, cruz – histórias enterradas, banco – a trilha sonora que suspende o tempo), são compartilhadas histórias, genuinamente biográficas. Diante disto, o material passa a ser editado (excluindo, inserindo, mesclando e transformando trechos), misturando e ficcionando as narrativas, onde o limite entre a verdade e a mentira é dissolvido. Para tanto, no primeiro momento, as funções de atuação, dramaturgia e direção são diluídas, para em seguida se reestabelecerem durante a edição, evocando, assim, uma cena coletiva e colaborativa, que aponta uma interpretação mais apropriada do discurso exposto em cena, apostando nas escolhas criativas feitas pelos próprios participantes de modo a validar o corpo coletivo em lugar do indivíduo.
Salão Social, Sesc Arsenal – Inscrição online mais 02 litros de leite UHT a ser entregue até 10/05 na Administração do Sesc Arsenal – Classificação: 16 anos

Sábado e domingo - 13 e 14/05 das 14h às 18h
OFICINA ATUAÇÃO E RISCO, COM EXPERIÊNCIA SUBTERRÂNEA (SC)
Oficina para atores e atrizes que desejem experimentar procedimentos de atuação a partir de Estados. Nesta oficina se discute o risco como elemento da atuação, como instrumento de uma cena no Real. O público vai de atores, bailarinos e performers até pessoas de outras áreas interessadas nos procedimentos do grupo.
Sala de Dança, Sesc Arsenal – Inscrição online mais 02 litros de leite UHT a ser entregue até 12/05 na Administração do Sesc Arsenal – Classificação: 16 anos

Terça e Quarta - 16 e 17/05 das 09h às 13h
EXÍLIO EM CENA, COM GRUPO DE TEATRO CLOWNS DE SHAKESPEARE (RN)
Os participantes terão a oportunidade de vivenciar um pouco de como o grupo criou o espetáculo. a partir de fragmentos de depoimentos de exilados políticos brasileiros, serão aplicados os procedimentos de criação cênica utilizados em "Nuestra Senhora de las Nuvens", em especial do teatro épico/dialético. Durante esse período muito valioso para nós, propomos uma oficina com duração de 4h, para fazermos uma troca com os participantes; relatando brevemente as principais diretrizes que encaminham o processo de construção do espetáculo "Nuestra Senhora de las Nuvens". Em seguida, lemos um trecho do texto de Arístides Vargas (autor da obra original) e fazemos um estudo das possibilidades de interpretação e direção da cena a partir das diretrizes estabelecidas. Para este estudo, utilizaremos jogos teatrais com o objetivo de despertar o interesse e a disponibilidade para o jogo e a cena. O público alvo são profissionais do teatro, estudantes de artes cênicas e público em geral.
Banco de Texto, Sesc Arsenal – Inscrição online mais 02 litros de leite UHT a ser entregue até 14/05 na Administração do Sesc Arsenal – Classificação: 16 anos

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