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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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hipnose e mesmerismo

Especialista em dor e fobia, hipnólogo já 'anestesiou' paciente com o poder da mente antes de cirurgia

Foto: Isabela Mercuri / Olhar Direto

Jackson Elias

Jackson Elias

Tratar fobias, ansiedade, medos, dores, sentimentos negativos, melhorar a performance como atleta ou mesmo somente para diversão. A hipnose e o mesmerismo podem ter estes objetivos e muitos outros, e foi por isso que o paulista Jackson Elias, que hoje vive em Cuiabá, se interessou pela técnica.

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A curiosidade ele tinha desde adolescente, quando conheceu a história do atleta Tom Platz, que utilizava a hipnose para alcançar melhores resultados como fisiculturista e halterofilista. Mas foi só quando morou no Nordeste que Jackson começou, realmente, a estudar e praticar, com a influência de um colega.



A hipnose tem, basicamente, três fins: street (diversão nas ruas), clínica (para dores, fobias, ansiedade, depressão) e palco (diversão, mas com mais tempo e em eventos específicos). Jackson pratica os três, e ultimamente tem divulgado seu trabalho na Arena Pantanal, em sessões gratuitas de entretenimento.

Como clínica, no entanto, ele explica que o principal ponto é a ressignificação. “A hipnose envolve foco, concentração e entrega. Todo mundo entra em transe, mas algumas pessoas têm menos dificuldades e outras tem mais, e demoram mais para alterar o estado de consciência”, explica.

Durante o ‘transe’, a pessoa tem a consciência periférica reduzida, e fica mais fácil acessar as informações que estão no subconsciente. “Não trabalhamos com uma ciência exata, mas sabemos que nossos medos são criados, em algum momento do passado. O que fazemos é voltar a este momento e ressignificar o que aconteceu”, afirma o hipnólogo.

Esse acesso pode ser feito por meio da hipnose clássica (direta, em que o hipnólogo fala com o paciente diretamente sobre o que aconteceu), a erickssoniana (feita por meio de metáforas) e o mesmerismo (hipnose não-verbal, técnica de “cura magnética que se utilizam das mãos do operador para tratar casos de doenças físicas”).

Jackson explica que, ao contrário do que mostram os filmes, o hipnólogo não tem poderes sobre a mente de ninguém. “O hipnólogo é só o guia. O poder é todo da mente da própria pessoa”, afirma.

Entretenimento

A hipnose para entretenimento, como Jackson realiza em festas (de aniversário, confraternizações) e nas ruas (como na Arena Pantanal) é feita de forma rápida e utiliza a imaginação. “Nossa mente, fora do estado de consciência, não consegue diferenciar o que é real do que é imaginário”, afirma.

Desta forma, ele consegue fazer uma pessoa achar que está pulando de pára-quedas ou que está encontrando um ídolo, por exemplo. “Eu já levei minha filha para a Disney algumas vezes com a hipnose”, lembra.



Outras formas de utilizá-la, em eventos, é fazer brincadeiras como: a pessoa perder a voz, ou comer algo que não gosta imaginando outro sabor. “A minha ex-mulher odiava melancia. E eu conseguia fazê-la comer, achando que era pizza”.

Tratamento

Fora das brincadeiras, a hipnose pode ser uma forma de tratamento para vários problemas, sejam eles físicos ou mentais. Jackson conta que muitas pessoas o procuram após términos de relacionamento. “Elas chegam e me pedem para esquecer o/a ex. Esquecer não é possível, porque a memória é fisiológica”, explica. “Mas eu consigo, pela hipnose, ressignificar o que a pessoa sente pela outra. De tristeza, saudade, raiva, para um sentimento neutro, ou seja, não sentir mais nada”.

Outra finalidade da hipnose pode ser a anestesia. Jackson conta, inclusive, que no Hospital Saint-Joseph, em Paris, ela já é utilizada para cirurgias, no lugar das anestesias gerais. No Brasil, Jackson já utilizou a hipnose anestésica para realização de tatuagens e extração de dentes.

Para dores (musculares, por exemplo), Jackson tem algumas ressalvas. “Eu posso fazer a pessoa parar de sentir uma dor no joelho, por exemplo. O problema é que eu não curo a causa da dor, então se a pessoa continuar correndo, fazendo esforço, ela pode piorar a situação”. Nos casos em que as pessoas já estão em tratamento, no entanto, isso é possível, e a longo prazo.

“Depois da quinta, sexta sessão de hipnose, eu já ensino a pessoa a entrar em transe sozinha, sem a minha presença. Além disso, eu posso criar um gatilho, como um estalo de dedos, que ela pode utilizar e, toda vez que fizer, a dor passa”. Jackson explica que, nesses casos, é preciso ‘estudar’ a sensibilidade do paciente, e identificar se ele é mais sensível a cheiros, sons ou toques, e só a partir daí criar o gatilho.

Por fim, o principal foco de Jackson como hipnólogo é utilizar a técnica para melhora de resultados no esporte. Por este motivo, ele está no último semestre de educação física. “Ainda existe muito preconceito, foi só quando Diego Hypólito disse que utilizava que as pessoas passaram a acreditar”, afirma. Segundo Jackson, nestes casos é possível utilizar a hipnose para fazer o atleta ter menos medos e bloqueios e, assim, melhores resultados”.

Ansiedade, depressão e qualquer outra disfunção da mente podem ser tratadas pela hipnose. Segundo Jackson, ela só não é indicada para pessoas com Síndrome de Down e esquisofrenia, pela dificuldade de concentração.

Ele afirma, ainda, que o tratamento não é garantido, e também não existe um tempo certo para a pessoa entrar em transe e começar a ver os resultados. “Existem muitas pessoas que me chamam só para me testar. E isso é muito ruim e não funciona. Como eu disse, não tenho poder sobre a mente de ninguém. Eu só consigo acessar o subconsciente da pessoa se ela me permitir”.

Para que o paciente conheça os procedimentos e a técnica, Jackson não cobra pela primeira sessão. Ele também prefere que a pessoa esteja acompanhada de um amigo ou parente. Cada sessão (depois da primeira) custa de R$80 a R$120, de acordo com o objetivo e o tempo necessário. Para apresentações em festas, o valor é R$200 para uma hora. Em breve, ele também vai organizar um curso de hipnose clássica em Cuiabá.

Serviço

Jackson Elias – Hipnose e Mesmerismo            
Telefone: (65) 99947-3862
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