O Hospital Santa Rosa acaba de entrar para a segunda fase do ‘Projeto Parto Adequado’, iniciativa que busca diminuir a quantidade de cesarianas desnecessárias realizadas no Brasil.
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Desenvolvido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), pelo Hospital Israelita Albert Einstein e o Institute for Healthcare Improvement (IHI) e com apoio do Ministério da Saúde, o projeto já conseguiu aumentar as taxas de partos normais de 21% para 37% nos hospitais participantes em todo o país, desde seu início.
“Este é um projeto muito interessante e importante para o Hospital Santa Rosa. Estamos entusiasmados com esse desafio, que envolve toda a equipe multidisciplinar da instituição – com destaque para a ginecologia e obstetrícia. Isto, no sentido de promover uma melhor assistência. Temos certeza de que a recompensa maior será o bom tratamento para o binômio mãe/bebê”, destaca o diretor responsável pelo projeto na instituição, Cervantes Caporossi.
No Hospital Santa Rosa, somente durante a primeira fase do projeto, o número de partos normais já subiu de 21 (ou 7,36%, em 2014) para 211 (ou 28,94%, em 2016). A ideia do ‘Parto Adequado’ é “identificar modelos inovadores e viáveis de atenção ao parto e nascimento que valorizem o parto normal e reduzam o percentual de cesarianas desnecessárias na saúde suplementar”.
De acordo com a assessoria, para alcançar estes objetivos, o Santa Rosa tem se adequado já há um tempo. Em sua estrutura, por exemplo, ele oferece uma suíte de pré-parto, parto e pós-parto (PPP), com ambientação para redução de ruídos e iluminação adequada, banheira, bola, banqueta ergonômica, barra espaldar (métodos não farmacológicos de alívio de dor) e carrinho de anestesia, que possibilita analgesia de parto.
Além disso, durante todo o processo de parto a gestante poderá contar com a presença de um acompanhante, e a equipe à disposição é formada por enfermeiras obstetras e berçaristas; plantão de anestesistas e obstetras 24 horas; pediatras de sobreaviso para recepcionar os recém-nascidos; e UTI Neonatal e Adulta.
“Estamos buscamos esse objetivo há tempos e já podemos ver resultados. Aliás, sabemos que fazer parte dessa iniciativa é muito importante. Vamos investir ainda mais em qualificação das nossas equipes e serviços. Já passamos por várias acreditações e esta será mais uma forma de acreditar a instituição”, comenta João Júnior, um dos coordenadores da especialidade de Ginecologia e Obstetrícia do Santa Rosa.
Para Caroline Paccola, também coordenadora da especialidade no Santa Rosa, seguir as orientações da ‘Classificação de Robson’ é uma das formas de se prezar por um parto seguro. Essa classificação divide as gestações em dez grupos que consideram fatores como: antecedente obstétrico, o tipo de gestação, a existência de trabalho de parto e a idade gestacional, entre outros.
“O próprio Projeto Parto Adequado sugere que, de forma inclusiva e mutuamente exclusiva, os hospitais possam atingir uma meta de 40% entre os grupos de 1 a 4 pela Classificação de Robson [mulheres que nunca tiveram filhos ou que já tiveram algum filho, mas não por cesariana]”, explica Caroline.
Em todo o Brasil, 150 instituições participam da segunda fase do projeto ‘Parto Adequado’, e o Hospital Santa Rosa é o único representante de Mato Grosso. Cada hospital-participante da segunda fase será acompanhado por um “hospital padrinho”, que, neste caso, será o Nipo-Brasileiro, de São Paulo.
O Hospital Santa Rosa está prestes a completar 20 anos, e é o único hospital do Centro-Oeste certificado pela Acreditação Canadense, nível Diamond – uma das principais certificações de qualidade em saúde no mundo. A instituição também é certificada em Excelência, Nível III, pela Organização Nacional de Acreditação (ONA).
