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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Dia do Orgasmo: Sexóloga cuiabana afirma que 90% das mulheres a procuram por não atingir o ápice no sexo

Foto: Isabela Mercuri / Olhar Direto

Irani Marangão é sexóloga em Cuiabá

Irani Marangão é sexóloga em Cuiabá

Noventa por cento das mulheres que procuram a sexóloga Irani Marangão em seu consultório em Cuiabá têm a mesma queixa: anorgasmia. Ou seja, não conseguem atingir o orgasmo. O problema, segundo ela, está muitas vezes fora da mulher, já que “os homens não são ensinados a dar prazer”. Nesta segunda-feira, 31 de julho, é comemorado o ‘dia do orgasmo’, e o Olhar Conceito entrevistou a profissional para tentar entender o que acontece.

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Irani é formada em psicologia e residente há sete anos em Cuiabá. Neste tempo de experiência, conta que atende cada vez mais mulheres insatisfeitas. “A questão é que agora a maioria das mulheres não aceita mais ir para a cama com alguém e não gozar, diferente de antes. Se ela não gozou, o sexo não foi bom. E isso é ótimo”, afirma.

Segundo Irani, podem existir várias causas para este problema. “São raros os casos que a anorgasmia vem de um trauma, como um estupro. Existem também aquelas que cresceram ouvindo dos pais que o sexo é sujo, principalmente por causa da religião. Ouviram que é algo que ela não pode, e depois fica muito difícil tirar essa ideia”.

No entanto, quando essa paciente consegue atingir o orgasmo sozinha, mas não acompanhada, ou seja, na maioria das vezes, o problema está fora do corpo dela. “Os homens não são ensinados a dar orgasmo. Porque eles aprendem a gozar também de forma errada, sem prestar atenção na importância do toque. Qual o contato que eles têm com o toque? Com a masturbação, de forma rápida, direta, ou assistindo a filmes”.

Como consequência, os homens acabam esperando que a mulher reaja imediatamente ao estímulo sexual, o que na maioria dos casos não acontece. “A mulher está lá, estressada por conta de várias coisas, por exemplo, lavando louça, e o homem vem por trás, falando sacanagem e espera que ela fique excitada. Não é assim, não vai funcionar”.

Irani comenta a importância das preliminares para que o problema seja sanado. “Sexo oral não é preliminar. É sexo. A preliminar começa no bom dia, começa no beijo, no carinho, no toque leve. A mulher tem que ser estimulada durante todo o dia, com palavras, olhares, tomando banho juntos... Não adianta discutir, ir dormir e achar que ela vai ficar excitada, porque não vai”, explica.

Depois das preliminares, a sexóloga explica que é importante, também, entender que o estímulo feminino está no clitóris. “Muitas mulheres me procuram dizendo que não conseguem gozar com a penetração, mas que conseguem com o sexo oral. Por quê? Porque o estímulo está no clitóris. É por isso, também, que muitas vezes a posição mais prazerosa é o ‘papai e mamãe’, porque a púbis do homem fica em contato direto ali”. Ela explica que estimular o clitóris, nem que seja com a mão ou um dildo, é uma forma de facilitar o processo.

Quando o homem não sabe onde fica o clitóris, o problema é mais fácil de ser sanado. Para os leitores que têm essa dificuldade, segue uma imagem explicativa. E feliz dia do orgasmo!

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