A Secretaria de Estado de Cultura (SEC) pode ter que sair às pressas do prédio onde, hoje, trabalham seus cerca de 150 funcionários, na Avenida Lavapés. Isso porque o local, que sediou a extinta Secopa, está cedido ao Governo do Estado em regime de comodato, mas é da Prefeitura. Na última terça-feira (1), durante uma coletiva de imprensa sobre a criação da Secretaria Extraordinária dos 300 anos’, SEC 300, o prefeito Emanuel Pinheiro alegou que não comentaria o assunto com a imprensa.
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O novo secretário, Junior Leite, no entanto, disse ao Olhar Conceito que o local realmente deve ser reavido. “A gente passa por um processo agora de tentativa de posse do prédio, em virtude de saber que a Prefeitura Municipal passa por uma situação financeira muito forte, e a gente precisa fazer com que outras secretarias possam abrigar esse local. Não necessariamente a Secretaria dos 300 anos, pode ser que vão outras secretarias para lá, e a gente fique em outro local que a gente definir. Mas ainda não está definido, até porque tem outra Secretaria lá hoje”, comentou.
O que corre pelos corredores da Prefeitura, no entanto, é que o Prefeito Emanuel Pinheiro teria pedido para que a SEC 300 ocupasse um andar do prédio da antiga Secopa, com seus 16 funcionários, e a Secretaria de Estado de Cultura, com seus 150, ficasse com outro. Diante da negativa, ele teria dito, então, que iria notificar a SEC para que devolvesse o prédio que abriga atualmente a pasta. A informação sobre a notificação foi, inclusive, confirmada pela assessoria de imprensa da Prefeitura, que disse ainda que iriam para lá a nova Secretaria dos 300 anos da Capital e o Procon Municipal.
A ‘Secretaria Extraordinária dos 300 anos’, SEC 300, foi criticada por diversos setores, inclusive pela Comissão de Fiscalização e Acompanhamento da Execução Orçamentária da Câmara de Cuiabá, e deve custar cerca de R$ 1,2 milhão ao ano para os cofres da Prefeitura da Capital. Na coletiva de lançamento da secretaria, Emanuel afirmou que ela não vai ter recursos próprios, além de anunciar uma série de obras que, juntas, custam meio bilhão de reais.
Atualmente, a Prefeitura de Cuiabá também ocupa prédios cedidos pelo Governo do Estado. Questionada sobre quais são estes locais, a assessoria do Governo afirmou que "A Secretaria Adjunta de Patrimônio e o Estado atualmente ainda está fazendo esse levantamento".
