A Orquestra Sinfônica da UFMT volta a se apresentar no Teatro Universitário, neste domingo (10), às 19h, com o concerto “Jovens Solistas de Mato Grosso”, sob a regência do  maestro Abner Roa, formando do curso de Música da instituição e assistente do Maestro titular  Fabricio Carvalho. Os solistas também são destaque no programa: Lindi Mariani, Ortega Níger, Iasmim Medeiros e Lidiane Alves, que completam a noite à frente da Sinfônica pela primeira vez. A entrada é 1 litro de leite longa vida.

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O programa é um passeio pela música erudita e compreende Prelude Act III Lohengrin, de  R. Wagner; Concerto n°1, mov. 1, de Carl Maria von Weber, tendo como solista Níger Ortega;  Introduction et tarantelle Op. 43, de Pablo de Sarasate, cuja solista é Lindi Mariani;  Concerto em Lá Maior k 622, mov. 1, de Mozart, com a solista Lidiane Alves; Song of Olympia; de Offenbach, pela solista Iasmin Medeiros; e  Síte L'Arlésienne nº 2 Pastorale e Farandole, de Georges Bizet.
 
Há quatro anos como músico integrante da Orquestra, o trompista Abner assumiu também há um ano a função de maestro assistente. Diante do seu primeiro concerto na regência, ele comenta que o programa foi escolhido para valorizar os jovens músicos solistas no cenário orquestral mato-grossense. “Como eu recebi a oportunidade de conduzir a Orquestra Sinfônica da UFMT nesta ocasião, escolhi o repertório convidando amigos músicos para compartilhar este momento”, destaca.
 
O cuiabano Níger Ortega é um dos solistas da noite. Iniciou seus estudos musicais no ano de 2008 na Escola de música Walkiria Lima, Macapá.  No ano de 2011 regressou à Cuiabá e passou a fazer parte do Instituto Ciranda – Música e Cidadania, atuando como instrutor de clarinete e participando de masterclass, com os professores Johnson Machado, Giuliano Rosas, Félix Alonso e Luiz Afonso Montanha.
 
Ortega participou do 31º festival de Brasília, 15º e 17° Festival de Música nas Montanhas/MG e Encontro de Clarinetistas do Centro Oeste em 2017. Integrou a Orquestra Sinfônica Jovem de Mato Grosso e fez participações, como convidado em diversos grupos, como na Orquestra Sinfônica da Universidade Federal de Mato Grosso. Atualmente é aluno do bacharelado em clarinete na Universidade Federal de Goiás.
 
Já Lidiane Alves é natural de Nova Mutum(MT) e aos 14 anos conheceu a atual Orquestra Sinfônica Jovem de Nova Mutum (OSJNM), onde iniciou os estudos no clarinete. Aos 17 anos, ingressou na Universidade Federal de Mato Grosso, em Cuiabá, para cursar bacharelado em clarinete. Na capital, participou da Orquestra Sinfônica Jovem de Mato Grosso, formada por alunos e professores do Instituto Ciranda – Música e Cidadania, da Orquestra Sinfônica da UFMT e Orquestra de Câmara do Departamento de Artes da UFMT. Participou de várias oficinas e principais festivais de música do Brasil.
 
Em 2016, transferiu seu curso de graduação para a Universidade Estadual do Paraná – UNESPAR, na Escola de Música e Belas Artes do Paraná – EMBAP na cidade de Curitiba e, atualmente, está no último ano da graduação. Hoje atua como chefe de naipe dos clarinetes da Orquestra Filarmônica da Universidade Federal do Paraná e integrante da Orquestra Sinfônica da EMBAP. Lidiane destaca a versatilidade da OSUFMT, que trabalha os mais diversos repertórios, do erudito ao popular.

“Estou muito feliz em retornar às minhas origens e me faz recordar uma frase do maestro Fabricio Carvalho que me disse para que eu nunca esquecesse as minhas origens e isso eu carrego comigo. Este concerto vai contar muito na minha trajetória musical”.

Lidiane explica que o compositor da peça, Mozart, foi prodígio e atualmente é conhecido como o pai da sinfonia, afinal no pouco tempo em que viveu, 35 anos, compôs 48 sinfonias. “A peça que vou solar foi uma das últimas composições dele”.

Dona de uma voz arrebatadora, Iasmin Medeiros participa do espetáculo cantando Song of Olympia. Graduanda do Curso de Música, Bacharelado em Canto da UFMT, durante sua formação acadêmica participou de Painéis da FUNARTE e recitais de canto dos Cursos de Licenciatura em Música e Bacharelado em canto da UFMT, executando músicas do repertório erudito e popular erudito.

Fez o curso técnico de Regência Coral oferecido pela Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer de Mato Grosso e participou do curso de Regência Coral, no 31º Festival de Música de Curitiba/PR, em 2012. De 2010 a 2012, foi cantora de MPB no Espaço Olhar Interior, no Sesc Arsenal de Cuiabá. Desde o início de seus estudos tem participado de corais, cantando no naipe de sopranos, dentre eles, Coral UFMT, Coral do Tribunal de Contas do Estado e Madrigal do Avesso.

Em dezembro de 2013, foi solista, ao lado do cantor Thompson Magalhães, junto à Orquestra da UFMT no concerto de final de ano. Em 2014 atuou como solista junto à Orquestra de Câmara do Departamento de Artes da UFMT. Já em 2016, foi solista convidada no espetáculo “Ópera na Tela” no Sesc Arsenal, interpretando a ária da Rainha da Noite, da ópera “Flauta Mágica”, de Mozart, junto à Orquestra Villa Real. Desde 2013 é uma das regentes do Coral da 3ª Idade da UFMT. Atualmente é preparadora vocal do Coral da Assembleia Legislativa de Mato Grosso e regente do Coral Infanto Juvenil Alquimia.
 
Acadêmica do curso de Licenciatura em Música da Universidade Federal de Mato Grosso, Lindi Mariani iniciou seus estudos musicais aos 12 anos de idade sob a orientação do professor e mestre Fernando Pereira, considerada como um dos mais proeminentes talentos da nova geração de violinistas mato-grossenses.

Desde então vem intensificando sua carreira profissional com festivais de música nacionais e também internacionais, sendo alguns destes acontecidos na Europa, Estados Unidos e Venezuela. Desenvolve-se como Spalla da Orquestra Ciranda Mundo, participa como convidada da Orquestra do Estado de Mato Grosso e Orquestra Sinfônica da Universidade Federal de Mato Grosso. Lindi Mariani é também professora de violino no Instituto Ciranda – Música e Cidadania, professora e bolsista do Instituto Boca de Arte Musical sob a orientação de Fernando Pereira.

“A peça que serei solista tem dois momentos, a introdução e a tarantela, conhecida por ser binária e bem rápida. O compositor é espanhol e seguiu para Paris a fim de estudar. Ficou muito conhecido por seu virtuosismo. É uma técnica que me exige muita concentração, estou muito feliz”, destaca ela.