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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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trabalho de final de curso

Estudante de arquitetura expõe fotos da Procissão de São Benedito no MACP

Foto: Pedro Thame

Estudante de arquitetura expõe fotos da Procissão de São Benedito no MACP
Uma exposição de fotos que mostra a influência da Procissão de São Benedito sobre a arquitetura e os espaços de Cuiabá está aberta no Museu de Arte e Cultura Popular (MACP) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) até o próximo dia 30 de setembro. Em “Criação do lugar: A Procissão de São Benedito”, as imagens foram criadas pelo estudante de arquitetura Pedro Thame e resultaram de seu trabalho final de graduação em Arquitetura e Urbanismo pela UFMT.

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“Durante o trabalho [final], explorei alguns desses conceitos juntamente da prática que já tinha desde antes – algo como uma continuação mesmo, um prosseguimento do que já fazia. O trabalho rendeu algumas análises, dentre elas a da Procissão. Daí veio a ideia de uma exposição mostrando esse resultado, abrindo para novas ideias e interpretações”, contou o fotógrafo.

O trabalho foi orientado pela professora Doriane Azevedo, e faz parte do 25º Seminário de Educação, promovido pela UFMT e pelo IFMT e que, esse ano, traz o tema Diversidades Culturais, Sujeitos e Saberes.

“O trabalho propõe explorar a Procissão de São Benedito, enquanto patrimônio cultural imaterial mato-grossense, tendo como ponto de partida a discussão do conceito de lugar. Destacando características próprias do lugar criado pela Procissão, com ênfase ao conteúdo simbólico dessa forma de apropriação do espaço. Outras questões voltadas à apreensão da paisagem da cidade ainda são levantadas, como sua condição enquanto bem coletivamente construído e sua dimensão simbólica no cotidiano”, explica o autor.

Segundo Pedro, a ideia surgiu em uma das vezes em que ele foi à festa, e encontrou a procissão, sem planejar. “Não conhecia, não sabia que acontecia, e fiquei maravilhado com a ideia de algo tão bonito e forte acontecer naquelas mesmas ruas que eu transitava, na ignorância do meu cotidiano comum”, lembra.

Foi a partir daí, e da união com seu trabalho, que nasceu a ideia de justapor as imagens feitas nos mesmos lugares com e sem a procissão. “O que levantou questões sobre a condição do espaço da cidade no cotidiano, que é dominante. De modo que o trabalho ficou estruturado assim, articulando imagens do lugar da Procissão e lugares do cotidiano, assumindo suas diferenças e refletindo sobre ambos”, afirma.

Todas as fotos foram tiradas com máquinas analógicas, o que, para Pedro, foi um processo instigante. “Tem um tempo diferente. Parece que permite que se esteja de fato no lugar. Nada de ficar se prendendo em checar o resultado imediatamente, ou registrar máximo que der. A limitação da quantidade de fotos obriga selecionar mais o que será registrado, é um registro mais lento no final das contas, e mais próximo também, mais cauteloso.O tempo até ver a foto revelada também faz com que a foto passe a ter outro significado que não possuía antes. Daí isso se junta ao processo deeditar e a narrativa vai surgindo com outra cara”.

Pedro já havia participado de outra exposição em 2014, fruto de um concurso promovido pelo Sesc, na Casa do Artesão. Atualmente, também compartilha seus trabalhos por meio do Instagram @cidadeobscura.

Serviço

“Criação do lugar: A Procissão de São Benedito”
Local: Museu de Arte e Cultura Popular (MACP)
Horário de funcionamento: de terça a sexta-feira das 7h30 às 11h30 e das 13h30 às 17h30 e aos sábados das 13h às 17h30.
Mais informações: (65) 3615 8355 ou 3615 8367.
Data: Até dia 30 de setembro
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