Versatilidade em gêneros musicais, junto com sinestesia de cores e sons é o conceito do álbum ‘Híbrido’, do músico cuiabano Igor Magan. Após morar dez anos em São Paulo, o artista retorna a sua terra natal com seu disco de estreia - e para acabar com a ponte aérea da capital paulista com a mato-grossense, já que sua mãe adoeceu no período de construção do disco.

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Lançado no dia 12 de setembro em plataformas de streaming, como o Spotify, o artista quer compartilhar sua bagagem de experiências. As dez faixas do álbum, todas autorais, misturam pop, disco, jazz e rock.

O músico experimentado começou a tocar teclado aos dez anos, aprendendo violão depois de forma autodidata. Apesar de participar em corais, Igor sempre se comportou como um compositor, escrevendo suas primeiras letras por volta dos 17 anos.

“Peguei um violão velho do meu irmão, que estava jogado de lado. Pedi para meu pai arrumar e então comecei a comprar revistinha em banca, e aprendi a tocar. Só que até então, eu não sabia mais ou menos o que eu gostava de cantar, mas sabia que eu gostava de música. Aos 14 comecei a participar de corais e fui desenvolvendo isso, até compor músicas lá pelos 17 anos. Ai eu fui muito mais em busca de compor do que qualquer outra coisa”, conta.

Ainda que tenha se formado em Audiovisual, Igor não deixou de ficar próximo à música, seja trabalhando em estúdios e produções ou guardando suas letras na gaveta. Buscando um cenário mais expandido, o músico se mudou para São Paulo em 2008. Nesse período, compôs músicas para a drag queen Sarah Mitch e Viviane Cantarella, além de realizar pequenas apresentações, chamadas de pocket show.

O processo de produção do álbum começou em 2013, entretanto, a mãe de Igor adoeceu nessa época. Comprometido a cuidar dela, o projeto começou a ser adiado, já que o músico vinha para Cuiabá esporadicamente.

Ele começou de forma caseira, gravando as faixas em um estúdio que tinha em sua própria residência. A princípio, a idéia era de um álbum mais alternativo, mas ao levar as músicas para a gravadora, foi aconselhado a manter um ritmo mais animado.

“Eles gostaram muito do trabalho, que era diferente e tinha um toque legal, com uma letra bacana. Não queria deixar nada repetido, se fosse buscar pelo pop, porque o pop não tem muito para onde fugir. Mas eu consegui trabalhar um pouco com essa idéia de misturar os gêneros”, comenta.

O nome “Híbrido” veio da idéia de mesclar os mais diversos gêneros: pop com rock, jazz e disco, inspirado em artistas como MIKA, Bruno Mars e Ed Motta. Para acompanhar a alegria que as músicas remetem, a arte da capa foi feita com massinha  de modelar e muitas cores.

“O conceito que eu criei para ele, era um som que remete a cores, então é um álbum que você vai ouvir e sentir. Tanto que a capa dele é trabalhada no estilo de cartoon. Queria trabalhar mais com essa parte de animação, sem usar muita imagem, que era para quem ouvir se ligar mais a música”, explica.

Além de lançar o álbum nas plataformas digitais, o músico também fez o clipe da faixa “Eu Namoro” inteiramente com efeitos do Snapchat. Outra faixa que demonstra que o artista está antenado nas redes, é a música “Signo”, que satiriza a astrologia, assunto que tem muita repercussão na internet.



“A primeira música do meu trabalho foi “Eu Namoro”. Essa música eu queria fazer um clipe também, só que estava muito fora de mão e caro. Todo mundo quer fazer algo criativo e diferente, então eu estava brincando com os efeitos do Snapchat e comecei a ver que fazia sentido com a música, que é divertida e alegre. E pensei: por que não posso fazer um clipe com os efeitos do ‘Snap’? O mais legal de tudo, é que eu pesquisei no Google e Youtube, e não tinha achado nenhum vídeo até então, gravado ainda todinho na vertical”, finaliza.

Confira o som de Igor Magan no Spotify.