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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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PANCs

Oficina em Cuiabá ensina a encontrar e cozinhar plantas comestíveis não convencionais

Foto: Arquivo Pessoal

Salada de Serralha, Dente de Leão, flor de ipê, lentilha d'água,  melão de São Caetano e alguns legumes convencionais

Salada de Serralha, Dente de Leão, flor de ipê, lentilha d'água, melão de São Caetano e alguns legumes convencionais

Você já olhou para um terreno baldio e pensou que no meio de todo aquele ‘mato’ pode haver plantas que dariam um prato delicioso? E que as plantinhas que insistem em crescer na calçada de casa podem ter altos valores nutricionais? É sobre elas – as famosas ‘Plantas Alimentícias Não Convencionais’ (PANCs) – que o geólogo Eduardo Rocha, 25, vai falar em sua oficina, que será realizada em Cuiabá no próximo dia 25 de novembro (veja AQUI).

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Eduardo mora em Chapada dos Guimarães, é professor de geografia e criador do ‘Rango vegano - PANC e orgânicos’. Seu contato com essas plantas, no entanto, vem de muito antes da empresa. “Na verdade eu conhecia mas sem estes termos, pois sempre tive contato com benzedeiras, e minha avó que usava uma plantinha ou outra”, contou ao Olhar Conceito.

Foi em um Congresso, em 2011, no entanto, que ele ouviu a sigla pela primeira vez. “O pessoal estava falando sobre Pancs, que era algo que ia começar a bombar, e eu não entendia nada. Fui perguntar e descobri o que era”. Depois disso, Eduardo começou a estudar e pesquisar sobre o assunto, inclusive com uma população de um assentamento, com quem ele já tinha contato por conta da faculdade.

Em 2015, quatro anos depois, Eduardo decidiu estreitar seu veganismo, e se aproximou ainda mais das PANCs. “Comecei a estudar sobre soberania alimentar, e descobri que a utilização das PANCs poderia ajudar no combate à fome, mas a gente não sabe disso”, lembra. Quando criou sua empresa de venda de alimentos veganos, então, ele decidiu que usaria somente alimentos orgânicos, e também as PANCs.

Eduardo em uma das feiras (Foto: Arquivo Pessoal)

Hoje, Eduardo expõe seu trabalho em diversas feiras pela cidade, e não só as que já são voltadas para este tipo de alimentação. “Aí que entra a militância. Eu gosto de ir onde pessoas que não conhecem essa alimentação estão, pra mostrar que é possível. Às vezes levo um prato ‘normal’, e a pessoa não acredita, depois, que é um coração de bananeira”.

O curso

Esta é a primeira vez que Eduardo ministra um curso especificamente sobre PANCs em Cuiabá. Segundo o geólogo, a oficina vai ensinar, principalmente, a identificar as plantas que são comestíveis, e como elas podem ser usadas na culinária.

“Eu vou levar dez tipos de PANCs, as mais fáceis de serem encontradas, falar sobre os valores nutritivos delas e como se utiliza. Vai haver também degustação de um coffee break feito com elas, pras pessoas saberem o gosto”, afirma.

Segundo Eduardo, as PANCs são plantas mais resistentes que as outras, e, por isso, nascem em ‘qualquer lugar’. Elas podem até ser contaminadas pela poluição do meio ambiente, e por isso ele vai ensinar técnicas específicas de higienização.

O investimento para participar da oficina, até dia 31 de outubro, é de R$100, e depois desta data, de R$120 (até dia 10 de novembro). A aula começa às 13h e segue até as 17h30 no dia 25 de novembro, sábado, no restaurante Raposa Vegana.

Serviço

Oficina de Identificação e uso de PANCs na culinária
Data da oficina: 25/11/2017 
Local: Restaurante Raposa Vegana - Foods com carinho
Horários: Das 13h às 17h (Com pausa para coffee break às 15h30)
Investimento: Até dia 31/10 - R$100,00
Até dia 10/11 - R$120,00
Mais informações: FAN PAGE
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