O artista plástico Wlademir Dias-Pino faleceu nesta quinta-feira (30), aos 91 anos, no Rio de Janeiro. Ele sera velado no próximo sábado, dia 1 de setembro, às 16h, na Capela 2 do Memorial do Carmo, no Rio.

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Wlademir era artista, poeta, desenhador gráfico, vitrinista. Nascido no Rio de Janeiro, ele migrou ainda criança para Cuiabá, onde fundou um movimento pioneiro de poesia experimental na década de 40. Ao longo das décadas de 1950 e 60, participou da fundação dos movimentos Poema¿/¿Processo e Intensivismo. Ao propor uma leitura do mundo a partir das imagens, sua prática desafia a relação entre imagem e linguagem.
 
Em 2017, Pino voltou à capital mato-grossense, onde viveu por muitos anos, e trouxe obras para as itinerancies da Bienal de São Paulo. Na época, quatro placas foram criadas a partir de estilos gráficos dos povos indígenas do Xingu, enquanto outras quatro placas foram baseadas na bandeira do Estado do Mato Grosso, com a estrela amarela como símbolo do poder local.
 
Em setembro de 2015, Wlademir foi homenageado em Cuiabá durante o ‘Setembro Frere’, circuito cultural que reuniu exposições, performances e rodas de conversa. Na ocasião, 1350 imagens feitas pelo artista foram instaladas no Museu de Arte e Cultura Popular (MACP) em forma de labirinto. Ainda houve duas mostras nos Museus Histórico e Geográfico e no de Arte de Mato Grosso. 
 
Ele também recebeu o título de doutor Honoris Causa, pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em 2013. Wlademir foi o pai do poema-processo, do intensivismo e um dos nomes mais expressivos do concretismo. Um artista de muitas facetas, porém, tímido e reservado.