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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Artistas marciais de Cuiabá viajam para a China para imersão cultural

Foto: da Assessoria

Artistas marciais de Cuiabá viajam para a China para imersão cultural
Uma professora e dois monitores de Kung Fu de Cuiabá viajam para a China no próximo mês de novembro, para participar do encontro da associação World Hung Kuen e de treinamentos com o grão-mestre Yee Chi Wa. Os três ficarão mais de vinte dias no país, onde vão apresentar suas habilidades, trocar experiências com outros praticantes e receber ensinamentos de alguns dos mais importantes nomes do Kung Fu mundial.

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Giovanna Lopes, 37, é a professora, que irá com os monitores Guilherme Lopes e Jardel Arruda, todos da escola Bai Hu, de Cuiabá (MT). Os três passarão por ‘Foshan’, que, para ela é uma cidade especial, pois foi onde viveu Wong Fei Hung (1874-1927), grande mestre da arte marcial Hung Ga praticada por eles. "Realizado de dois em dois anos desde 2014, o World Hung Kuen foi criado por patriarcas de várias linhagens como forma de uma aproximação maior para manter nosso estilo unido e forte".

De Forshan, o grupo segue para Taishan, onde mora Yee Chi Wai (também conhecido como Frank Yee), de quem Giovanna é discípula. "Lá, vamos fazer um trabalho mais aprofundado, realizando uma imersão cultural e histórica, treinando do começo ao fim do dia com um grão-mestre de uma linhagem tradicional", informa a artista marcial que faz parte da árvore genealógica do estilo Hung Ga como quarta geração (ou grau) depois de Wong Fei Hung.



Outros encontros

O grão mestre Yee Chi Wai virá para Cuiabá nos próximos dias 2 e 3 de outubro, para visitar a escola Bai Hu. Ele já veio para a capital algumas vezes, e repete as visitas anualmente. Portanto, na China, acontecerá o segundo encontro com o mestre.

"Nós cultivamos a cultura chinesa aqui na escola, mas não é a mesma coisa que estar na China, treinar lá, com a cultura deles. Vamos ter que nos virar para falar na língua deles. Meu mestre fala inglês, mas os irmãos de treino mais antigos não", afirma Giovanna. "Nós trazemos para Cuiabá tudo o que aprendermos lá. A gente sempre volta com coisas novas. O Kung Fu, a arte marcial de uma maneira geral, funciona como a música, você tem uma vida inteira para aprender. Meu mestre está sempre aprendendo coisas novas, aperfeiçoando e trazendo para nós. Todos ganham com isso".
 
Monitores
 
Os monitores Guilherme e Jardel também estão ansiosos pela viagem. "É um momento único poder estar no berço da arte marcial, poder vivenciar isso na China, porque os maiores nomes estão lá. Ver os templos, poder treinar com eles vai ser muito interessante. Vai enriquecer muito meu trabalho como monitor", avalia. "Já fui diversas vezes para São Paulo, para seminários, inclusive dos mestres nossos de Hung Ga e Tai Chi. Mas na China será uma imersão, é outro ambiente, outra cultura", acrescenta Guilherme, que foi o primeiro aluno da Bai Hu.

O jornalista Jardel Arruda, 30 anos, diz que não é fácil descrever a sensação, "porque é difícil você conseguir repassar toda essa importância em poucas palavras". Afinal, vai conhecer um país totalmente diferente, onde poderá fazer uma imersão na história, na cultura e numa rotina diária de treinos tradicionais com grandes mestres, lembra. "Tem praticantes de artes marciais com mais de 20 anos que não têm essa chance", reconhece o monitor, que diz ter a vida mudada com o Hung Ga. "Tive um problema sério no joelho e talvez não tivesse conseguido voltar a andar normalmente se não fosse o Kung Fu. "Não é apenas uma luta, é uma arte marcial completa, uma filosofia de vida, autoconhecimento. Com ele eu soube mais sobre mim mesmo, quais eram os meus limites e como poderia superá-los", frisa.
 
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