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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Coach que descobriu câncer de mama fala sobre resiliência e como encarar as adversidades

Foto: Da Assessoria

Coach que descobriu câncer de mama fala sobre resiliência e como encarar as adversidades
A coach e mentora de gestão Lorena Lacerda, diretora executiva do Grupo Valure, descobriu recentemente um câncer de mama. Desde então, tem intensificado seu trabalho também como palestrante, para falar sobre resiliência, e sobre como encarar as adversidades. Ela, que é Master Coach de Executivos e de Times há mais de 16 anos, e atendeu neste período mais de 2500 (duas mil e quinhentas) horas de coaching, fala ao público de forma direta e esclarecedora.

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Um dos exemplos colocados pela coach para falar sobre resiliência é o do processo de fritar um ovo: a frigideira é levada ao fogo e o ovo é transferido para seu interior. O tempero é colocado e, então, ele frita.  O espaço é previamente delimitado, e a clara segue moldando sob parte de sua influência. No entanto, é a gema que permite regular – de fato – o controle: “Precisamos olhar o todo. Não ampliar o problema. Reduzir a área em que aquilo acontece. É como estar dirigindo numa estrada durante a noite. O farol ilumina apenas alguns metros adiante e você precisa seguir”, explica Lorena.

“Temos que ter em mente o conceito de resiliência – que é a habilidade de se adaptar com sucesso a fatores estressantes mantendo o bem-estar psicológico ao lidar com as adversidades. Até porque, pequenas ou não, é natural que elas nos convidem para o processo de vitimização”, destaca ela quando cita as pesquisas: um ser um humano enfrente em média 23 tipos de adversidades por dia, seja elas das mais variadas naturezas e graus, segundo um estudo desenvolvido por Paul Stoltz, presidente da Peak Learning, empresa de consultoria global.

Lorena também avalia frases frequentemente usadas, como “não acredito que isso está acontecendo comigo”. Nestes casos, ela reforça a necessidade de se monitorar esses pensamentos e, também, compreender qual o nível das nossas expectativas em relação a questões como justiça, aprovação, controle, facilidade e perfeição, por exemplo, e das nossas frustrações, que podem nos tirar do nosso melhor.

“A vida é 10% o que acontece com você e 90% como você reage a isso. Ela não segue em trajetória linear e ascendente, como muitos jovens acreditam – e sim, é cheia de altos e baixos. Nós não controlamos o que a vida é. Controlamos a nossa reação à ela. A maioria das pessoas evita verdades inconvenientes e busca mentiras e ilusões reconfortantes. Mas, a desilusão é importante para a gente se ajustar e compreender a realidade como ela é”.

Outro conceito explicado por Lorena é o de ‘fluxo da mudança’. Segundo ela, evoluir requer um fluxo para mudança repleto de esforço e humildade. “O primeiro passo é o autoconhecimento. Muitas pessoas passam a vida inteira sem se autoavaliar. Sem refletir sobre si mesmas. Já parou para pensar como você impacta nas pessoas à sua volta ou se o que elas dizem sobre você é compatível com o que você diz sobre você? Já analisou quais pensamentos e emoções te controlam, bem como para qual propósito eles servem?”.

A partir do reconhecimento destes pensamentos e emoções, fica mais fácil se libertar. “Pensamentos de vitimização, por exemplo, sempre vão surgir. Mas, o que você faz com eles quando os reconhece? Aliás, o que pode fazer a respeito deles? É preciso indagar sobre o que essas situações estão te convidando a aprender. O cérebro segue o nosso comando. É o nosso software. Faça um upgrade no seu sistema. Pare, reflita e escolha diante de cada situação”.

Outro ponto importante é a gratidão. “Copo meio cheio ou meio vazio, não interessa. Desde que você possa enchê-lo. Posso pensar ‘ainda não cheguei lá, mas estou mais perto do que ontem. Preste atenção ao que você está grato. Isto requer entender que o poder da gratidão está em saber que o que não é benção, é lição. Algo que nos tira do ‘modo reclamação’. Pelo o quê você é grato? Consegue citar 50 coisas pelas quais é grato na última semana? E 100?”, indaga.        

Acima de tudo, segundo Lorena, é preciso se render ao presente. “Medite. Liberte-se da ansiedade do futuro e da depressão do passado. Escolha o lado feliz da vida. Saiba que todos os sentimentos são válidos. Você pode sentir raiva e não ser agressivo. Aceitar que a tristeza faz parte da vida – abraçá-la e lembrar que nada é permanente. Que a alegria é um hábito que se desenvolve e que o medo nos mostra que estamos alertas. Tudo isso nos torna humanos. Precisamos lembrar que existe o eu, o ele e o nós. Desenvolver a empatia, a compaixão e a generosidade”.
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