Dois pesquisadores de Barbados, pequeno país da América Central, vem a Cuiabá no próximo dia 26 de novembro, segunda-feira, para o I Seminário Internacional Multimundos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Os professores são da University of the West Indies (UWI), e falarão sobre "Educação Globalizada, história, Imigração e Cultura".

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Elaine Pereira Rocha é professora doutora do Departamento de História e Filosofia da University of the West Indies (UWI), e, da mesma universidade, Anthony Oliver Fisher é diretor executivo do China Institute of Information Technology.

A University of the West Indies (UWI) é uma das instituições parceiras do grupo de pesquisa Multimundos, que possui em sua rede pesquisadores do Brasil, Portugal, Moçambique, Canadá, além de Barbados. Na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), o grupo está vinculado ao programa de pós-graduação em Estudos de Cultura Contemporânea (Ecco), da Faculdade de Comunicação de Artes (FCA).

De acordo com a assessoria, Elaine vai conduzir o painel "Derrubando muros: Migrações, Comunicações, Desenvolvimento Econômico e Conexões Inesperadas". A ideia é examinar o desenvolvimento brasileiro desde a independência, sob a perspectiva das parcerias internacionais para o desenvolvimento, com enfoque no capital inglês aplicado ao desenvolvimento de projetos de infraestrutura em diferentes regiões no país.

Ela também vai discutir o conceito de desenvolvimento econômico que relegou economias periféricas – porém essenciais – à invisibilidade. Essas economias estão no cerne dos movimentos populacionais que levam trabalhadores de uma região para outra. A absorção do trabalhador imigrante, seja ele originário do mesmo país ou de países estrangeiros, é parte do processo de internacionalização. Assim como a eliminação de barreiras legais e culturais que nos levam a rejeitar o novo e o desconhecido, como o racismo, exemplifica a historiadora.  

Logo depois, Anthony Oliver fala sobre "Educação na era global: parcerias estratégicas rompendo o isolamento". Para o pesquisador, a internacionalização da educação é uma necessidade imediata. "É o momento de romper com as paredes imaginárias que nos mantiveram sempre na órbita da Europa Ocidental e dos Estados Unidos da América, quando pensamos em internacionalização", defende.

Exemplo disso é o Caribe, explica Fisher, uma região formada por países chamados "nanicos", alguns com menos de cem mil habitantes, que é um excelente estudo de caso sobre como as parcerias internacionais podem ajudar no desenvolvimento de uma rede global de conhecimento, negócios e soluções.

O I Seminário Internacional Multimundos é gratuito e será realizado no auditório do Museu Rondon de Etnologia e Arqueologia (Musear) da UFMT, das 13h30 às 17h30 de 26 de novembro. As inscrições são realizadas exclusivamente pela internet e as vagas são limitadas.
 
Sobre Multimundos

O Multimundos foi criado em 2018, e abrange diferentes áreas: comunicação, filosofia, educação, história, cultura, artes, audiovisual, design, tecnologia, entre outras.

Seu objetivo é questionar como são construídos os novos modos de conhecimento e as formas contemporâneas de comunicação e cultura. Os estudos também buscam identificar o papel de novas linguagens - como o audiovisual e a transmídia - na constituição e na disseminação de conhecimento.

O projeto surge em meio ao avanço das mídias digitais, à ampliação de espaços não formais de educação e disseminação de informação, à presença constante de processos audiovisuais no dia a dia. Nesse contexto ainda se destacam os trabalhos colaborativos em rede, a circulação de notícias falsas e o autoaprendizado.
 
Tudo isso exige pesquisas sobre a comunicação contemporânea, sobre os novos modos de aprender e compreender, os impactos na educação, no pensamento filosófico e nos saberes populares, afirmam os professores que compõem a rede no Brasil.
 
Serviço

I Seminário Internacional Multimundos
Quando: 26 de novembro de 2018, das 13h30 às 17h30.
Onde: Auditório do Museu Rondon, UFMT, Cuiabá.
Link para inscrições