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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Dia mundial do rádio

Radialista há mais de 25 anos, 'Jota Passarinho' não vê ameaças: "as novas tecnologias complementam"

Foto: Internet/Ilustração

Radialista há mais de 25 anos, 'Jota Passarinho' não vê ameaças:
O dia mundial do Rádio, comemorado nesta quarta-feira (13), ressalta a importância desse meio de comunicação, que é o principal responsável por levar informação até para os lugares mais isolados, de difícil acesso a outros meios de comunicação, como TV e Internet. A data foi oficializada em 2011, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco). O primeiro dia Mundial do Rádio foi celebrado em 2012. Em Mato Grosso, o rádio está presente em diversos lares e continua sendo um meio de comunicação de fácil acesso.
 
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Mesmo em meio a tantos aparelhos tecnológicos, o rádio ainda continua sendo líder de audiência em levar informação à população, seja como ferramenta de apoio ao debate ou na divulgação cultural. A facilidade de acesso em áreas rurais, sem energia elétrica ou sinal de internet, onde pode ser usado  é o rádio de pilha, permite que os ouvintes recebam as informações praticamente em tempo real.

Enquanto uma equipe de redação precisa de tempo para elaborar uma matéria, o radialista pode transmitir a notícia mais rápido e ter um alcance maior de pessoas que estejam com o aparelho ligado, sem precisar acessar a internet ou ligar a TV. O rádio atinge um número maior de pessoas em um curto espaço de tempo.

Para o radialista José Aparecido da Silva, conhecido popularmente como “Jota Passarinho”, o rádio sempre foi um sonho desde criança. “Era um sonho de criança trabalhar em rádio como locutor. Eu morava no sítio, e quando ouvia os locutores eu ficava com aquela vontade tremenda de um dia ser locutor. Trabalhei no setor de comunicação da Polícia Militar e os locutores de programas policiais falavam que eu precisava trabalhar no rádio, que minha voz era bacana e desenrolava bem, porque o segredo não é ter vozeirão, é desenrolar bem o serviço”, conta.



Em 1993, Jota Passarinho foi convidado para trabalhar na Rádio Cultura, onde permaneceu até 2008. “No período que fiquei na Rádio Cultura eu fiz faculdade, porque eu não tinha nenhuma formação superior e me formei em jornalismo, mas como eu comecei no rádio, e ainda trabalhava lá, eu permaneci. Quando precisa, eu faço matéria de texto, ajudo na televisão, tiro foto, atuo em todos os campos do jornalismo, mas sou lotado no setor de rádio no Gabinete de Comunicação do Estado de Mato Grosso (Gecom)”, lembra.

Para ele, o que precisa melhorar é a capacitação de muitos profissionais e o investimento em equipamentos mais modernos. “Quando eu comecei no rádio eu observei que os profissionais não tinham capacitação, nem condições de trabalhar, não tinham material de qualidade. Hoje as emissoras já investem mais em pessoal mais capacitado e qualificado, com um trabalho jornalístico sério, bem feito e bem elaborado, mas ainda falta investimento, tecnologia, e equipamentos novos para o rádio”, conclui.

Com relação ao futuro do rádio em meio a tantos aparelhos tecnológicos, Passarinho pondera que o rádio não está ameaçado, pois é um meio de comunicação sólido e dificilmente uma tecnologia vai ameaçá-lo definitivamente. “Quando surgiu a televisão todo mundo pensava isso e, no entanto, o rádio permaneceu e ultimamente tem se fortalecido bastante. Aliás, eu acho que as novas tecnologias, como a internet por exemplo, complementa o trabalho do rádio e vice e versa, um complementando o outro”, ressalta.

“Depois com o advento da FM e essa transição da AM para a FM, melhorou bastante a qualidade do som. Então de manhã, por exemplo o rádio é muito ouvido, tem uma audiência extraordinária. No interior é melhor ainda, porque lá faltam outros meios de comunicação. Em alguns lugares nem a TV tem um sinal muito bom, então as pessoas  conseguem se manter informadas”, finaliza Passarinho.
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