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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Mestre de Mato Grosso faz vaquinha virtual para fazer doutorado em biotecnologia no Pará

Foto: Arquivo Pessoal

Pamila (dir.) é mestre pela UFMT

Pamila (dir.) é mestre pela UFMT

Pamila Ramos tem 34 anos, e nasceu em Torixoréu, 382 km de Cuiabá. Formou-se em biologia pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), fez mestrado em recursos hídricos, e hoje precisa de ajuda financeira para fazer doutorado na cidade de Marabá, no Pará. Por este motivo, criou uma vaquinha virtual, em que pede R$10 mil.

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“Iniciei a busca pelo doutorado em 2017”, contou ao Olhar Conceito. “Tentei alguns processos seletivos e a Rede Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal foi o programa que obtive aprovação. O Pará foi resultado do aceite da orientação no momento do processo seletivo. Minha orientadora é do Pará, a área de pesquisa dela é bem consolidada, e isso me motivou”.

O tema de pesquisa de Pamila é “Pontencial da via nitrérgica, usando como bloqueadores psicofarmacológicos, através do método de transtorno de estresse pós traumático em Zebra Fish”. A mestre é, ainda, técnica da UFMT nível médio. No entanto, com o afastamento para doutorado, vai peder benefícios que impactam muito em sua renda.

Recentemente, já pensando no título de doutora, a bióloga realizou disciplinas optativas e obrigatórias, que não são ofertadas em Cuiabá, tanto em Cáceres quanto em Belém e Marabá. Por este motivo, adquiriu dívidas. “Estes gastos com deslocamento, alimentação e estadia estão ainda sendo pagos, e isso gerou um turbilhão de dívidas que acumularam. Fora que preciso morar em Marabá, onde será realizado o experimento, pois em Cuiabá não tenho um laboratório que disponibiliza de recursos para desenvolver meu doutorado”, conta.

A ideia da vaquinha veio por meio de um grupo de amigas. “Foi uma forma que vi de ajudar nesse período crítico, e tentar me organizar para garantir que esse dinheiro seja suficiente para custear meus gastos por lá no período de realização do Doutorado”, afirma.

Pamila nunca teve bolsa de estudos, e conta que, atualmente, essa realidade está ainda mais distante. “Com as PEC de congelamento da verba para educação, o programa de pós-graduação foi diretamente atingindo. Até o momento não tem previsão de bolsa para nenhum aluno do programa”, lamenta. “A pesquisa é o alicerce na busca de resultados científico nas diversas áreas, foi através dela que muitas descobertas satisfatórias foram obtidas, tanto na saúde, economia, tecnologia... Deixar de investir na ciência, hoje, no Brasil, implica em deixar de produzir conhecimento que pode direcionar o futuro do país”, finaliza.

Acesse a vaquinha e ajude AQUI
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