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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Em palestra sobre o desenvolvimento de adolescentes, especialista orienta pais a driblar afeto e autoridade

Foto: da Assessoria

Em palestra sobre o desenvolvimento de adolescentes, especialista orienta pais a driblar afeto e autoridade
Pais e responsáveis por alunos do Colégio Notre Dame de Lourdes puderam assistir, na noite da última quinta-feira (12), a uma palestra do curitibano Marcos Meier, sobre “Adolescência: fatores relacionados ao desenvolvimento saudável das emoções dos relacionamentos e dos valores”. O encontro aconteceu no Centro de Eventos do Pantanal, em um Congresso de Pais.

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Marcos é professor, escritor e mestre em educação. Em sua palestra, falou sobre as principais características da adolescência, e indicou como os pais devem interagir com seus filhos nesta fase. Ele comparou a educação de um filho com um trem que tem que andar sobre dois trilhos: um trilho seria o afeto, e o outro, a autoridade.
 
"Os pais têm que ter intimidade com o filho, brincar, abraçar, ouvir o que ele tem a falar, as suas histórias. Se você construir um bom trilho do afeto, você consegue exercer o outro trilho que é a autoridade", observou.

Segundo Meier, no processo de construção da sua personalidade, da individualidade, o adolescente precisa afastar a figura de autoridade do pai e da mãe para construir a sua identidade. "E isso se faz com agressividade. Ele bate porta, fica reclamão. Mas, se os pais entendem a reação do filho isso é saudável. Eles vão se afastando, sempre dentro dos princípios e valores, dando espaço para os filhos, mas permitem que comecem a tomar decisões. Agora, os pais que abafam demais, não deixam os filhos irem para lugar nenhum, eles ficam tão presos que precisa usar muita agressividade e começam a fazer coisas que os pais odeiam".

Por outro lado, quando os pais não exercem autoridade nenhuma, enchem os filhos de presente, não pedem que eles façam nada em casa para ajudar, e acabam crescendo sem nenhuma responsabilidade. "Como os pais não estão em cima, ele não precisa usar a agressividade para afastá-los e vira um adolescente sem princípios, sem valor, faz o que quer, na hora que quer. Cresce sem resistência a frustrações, chora por qualquer coisa, não tem persistência, não terminam o que começam, tendendo ao insucesso".

O psicólogo destacou que é importante que a escola leve sempre informações aos pais sobre o que acontece na instituição. Neste sentido, ele ainda fez um alerta para o aumento do número de suicídios de adolescentes no Brasil, e explicou que para mudar esta realidade, é necessário que o filho sinta pertencimento.

"Quando a criança não se sente parte da família, da escola, começa a haver uma dor muito grande de solidão que compromete a saúde do adolescente e ele passa a pensar bobagens. Para isso não acontecer, dê atividades ao filho, coloque responsabilidade na vida dele", orienta.

A psicóloga Lúcia Campos foi uma das que fez questão de atender o convite da escola para a palestra. Especialista em crianças e adolescentes, Lúcia Campos entende muito bem que os pais precisam de orientação. "A escola e a família são fundamentais nesse processo e se é possível contar com a ajuda de especialistas, por meio de palestras com esta, é magnífico", pontuou.
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