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Sábado, 27 de abril de 2024

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CRISTO REDENTOR APAGADO

Artista plástico de Cuiabá cria boné inspirado em protesto por racismo contra Vini Jr

Foto: Reprodução

Artista plástico de Cuiabá cria boné inspirado em protesto por racismo contra Vini Jr
Inspirado pelo momento em que as luzes do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro (RJ), se apagaram em apoio ao episódio de racismo sofrido pelo jogador Vini Jr, o artista plástico cuiabano Diego Saporski, criou um boné que replica a imagem em que um dos principais pontos turísticos do Brasil se apagou. 

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Durante partida entre Valencia e Real Madrid, em 21 de maio, Vini Jr foi xingado de "macaco" repetidas vezes pelos torcedores do Valencia. Não foi a primeira vez que o jogador foi vítima de racismo na Espanha. Diego conta que a fotografia do Cristo Redentor apagado fez com que ele ficasse impressionado. 

Ele conta que logo pensou em fazer um desenho especial sobre a situação, mas por estar com encomendas, não conseguiu executar o projeto. Por coincidência, um dos clientes entrou em contato pedindo um boné que estampasse a cena. 

"Perguntou se eu conseguiria fazer e eu disse que tentaria, porque replicar essa imagem não seria fácil, são muitos detalhes. Pedi para ele esperar passar tudo para o boné e mostraria para ele. Quando ele viu, se apaixonou. É um boné que além de ser muito significativo, está cheio de sentimento de que o racismo não tem mais vez". 

Para Diego, que também é jornalista e advogado, o episódio de racismo sofrido por Vini Jr e o Cristo Redentor apagado expressam a importância da luta antiracista. O boné criado coma imagem emblemática do Cristo Redentor apagado é uma peça única do artista. 

Diego explicou que a imagem do Cristo Redentor apagado chamou atenção e, por isso, decidiu transformar a cena em arte no boné. (Foto: Arquivo pessoal)

"Penso que a arte tem sempre que estar andando com a atualidade e com tudo que acontece ao seu redor. Busco sempre explorar fatos que estejam em discussão como o caso do jogador Vini Jr. Transformar algo tão triste num sentimento de superação é incrível”.

O artista plástico começou a criar os bonés durante a pandemia da covid-19, enquanto estava trabalhando de casa. Diego conta que pintava desde criança, mas a transição das folhas de papel para o tecido aconteceu apenas na fase adulta. 

"Comecei a passar para o tecido, porque já tinha em mente que queria fazer em bonés. Por estar em casa, tive o tempo que não tive no passado. Na pandemia consegui estudar mais para poder desenvolver esse trabalho".

O primeiro boné criado foi nomeado como "Seja Luz", inspirado em uma música da cantora mexicana Thalía. Quando "tomou coragem", como define Diego, para expor as peças nas redes sociais a recepção dos seguidores surpreendeu. "Quando você é artista, você tem medo do que as pessoas vão pensar da sua arte. Mas tive coragem e o boné bombou. Já fiz uma coleção especial para uma hamburgueria de São Paulo, fiz inspirado na Copa do Mundo, inspirada em heróis dos anos 90, fiz em seguida a coleção Diamantes".

 
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