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Sábado, 27 de abril de 2024

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'six majors'

Cuiabana corre 42 km na Maratona de Tóquio e completa mandala das seis maiores corridas do mundo

Foto: Reprodução

Cuiabana corre 42 km na Maratona de Tóquio e completa mandala das seis maiores corridas do mundo
Para correr na Maratona de Tóquio, que aconteceu no domingo (3), o desafio da jornalista e advogada Luciane Mildenberger, de 50 anos, começou já na viagem de Cuiabá para o Japão, que teve duração de dois dias. Apesar do cansaço do trajeto e da diferença de 13 horas, Luciane completou a prova de 42 km pelas ruas da capital japonesa. A prova teve significado ainda maior para a cuiabana que concluiu a última corrida das seis maiores do mundo, completando a “mandala six majors”. 

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A jornada de Luciane começou quando ela tinha 38 anos e levava uma vida sedentária, que foi substituída por treinos intensos de musculação e corrida. Depois da pandemia da covid-19, a jornalista também passou a se dedicar ao triathlon e chegou a participar de provas do Ironman 70.3. 

“Essa virada de chave foi quando entrei em um grupo de corrida, na época trabalhava na secretaria estadual de Fazenda, onde tinha esse grupo. Eles sempre me convidavam, mas eu nunca queria ir, até que um dia resolvi participar. Foi a grande virada de chave. Sou muito determinada nas coisas que faço, me jogo de cabeça, então comecei a treinar e a correr. Com menos de um ano já estava fazendo minha primeira meia maratona, que são 21 km”. 

Em 2015, ela deu o primeiro passo em busca da mandala six majors quando correu a primeira maratona, de 42 km, em Berlim, na Alemanha. Mesmo sem ter conhecimento sobre o universo da corrida e das majors, Luciane completou a prova e decidiu se inscrever na Maratona de Boston, nos Estados Unidos. 



Depois da corrida em Boston, a jornalista decidiu se dedicar ainda mais para completar as seis maiores maratonas do mundo. 

“Fiz Berlim, em 2015, e descobri que para correr em Boston, que também é uma das majors, tinha que fazer índice, só entra assim. Treinei muito na época e fiz a maratona de Porto Alegre, em 2016, consegui o índice para correr em Boston. Corri em Boston, em 2017, depois em Chicago, em 2018, Nova Iorque, em 2019, aí em 2020 veio a pandemia da covid-19 e eu já estava inscrita para Londres, mas tive que adiar”. 

Apesar de ter sido adiada pelo cenário pandêmico, Luciane completou a Maratona de Londres em 2022. “Queria ter feito Tóquio em 2023, mas não consegui inscrição, é super difícil, tem por sorteio, por caridade e venda por uma empresa de corrida do Brasil, só que é super disputado, são poucas vagas”. 

Como não conseguiu se inscrever para correr em Tóquio no ano passado por conta da alta procura pela maratona, a cuiabana contou com ajuda do grupo brasileiro Majors Brasil para conseguir participar da edição de 2024. 

“Eles me ajudaram a fazer todo o processo para poder participar por caridade. Fiz, fui aceita e em 2024 entrei por caridade. Fiz Tóquio e fechei as seis maiores maratonas do mundo, você ganha uma mandala quando termina”. 

Para Luciane, a sensação é de dever cumprido. Ela explicou que a prova não é simples e exige muito treino para que o atleta complete os 42 km de corrida. 

“Levanto sempre muito cedo para treinar ou treino a noite. Cuiabá também tem um outro desafio, que é o calor, é difícil de treinar, então para esse ciclo de Tóquio treinei bastante na esteira, dentro da academia, o que me ajudou bastante, porque estava sempre muito quente e calor”. 

‘Maraturistas’

Desde que entrou para o universo da corrida, Luciane tem aumentado a lista de países visitados. Ela brinca que os corredores se definem a si mesmos como “maraturistas”, já que através das maratonas viajam para conhecer novas culturas e paisagens. A primeira vez que correu em outro país foi em 2013, quando a jornalista participou de uma prova de 25 km no Deserto do Atacama, no Chile. 



“Os maratonistas falam que são ‘maraturistas’, porque na verdade, correr acaba sendo um detalhe para nós conhecermos outros países, já conheci todos esses e sou muito grata à corrida por me levar tão longe, como aqui no Japão”. 
 
“Essa foi a minha 12ª maratona, já corri o Desafio do Dunga na Disney, que são 78 km que você corre em quatro dias seguidos: 5km, 10 km, 21 km e 42 km, na sequência. Fiz também Porto Alegre, fiz também  o Desafio do Rio de Janeiro que você corre 21 km no sábado e 42 km no domingo".

Agora que concluiu a mandala das six majors, Luciane já pensa nos próximos passos e lugares a serem visitados através da corrida. “Falei que não ia mais fazer maratona, mas já estou inscrita para a Maratona de Valência na Espanha, em dezembro, estou pensando em fazer o Desafio das Maiores, que são cinco maratonas na Espanha, ainda estou pensando, vou fazer Valência e vou ver. A atividade física é muito importante na minha vida, me transformou muito”. 

 
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