No dia 4 de janeiro completam 206 anos da criação da primeira tipografia brasileira em Salvador na Bahia. Porém, em 1808, a impressão era proibida no Brasil que era colônia de Portugal. A Coroa Portuguesa deixava o país ‘às cegas’ para dominar os brasileiros por completo. Contudo, a primeira tipografia do Brasil foi criada na ilegalidade. A imprensa oficial veio naquele mesmo ano, com a vinda da Coroa de Portugal, fugida das tropas de Napoleão que rumavam para invadir o país.

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Foi apenas em 1808, 400 anos após a invenção de Guttemberg dos prelos da prensa, que o Brasil começou a publicar seus próprios livros e periódicos. Não existia produção intelectual no país devido à proibição de Portugal. As únicas produções eram ilegais e rústicas.

Quando a Coroa Portuguesa veio para o Brasil era preciso trazer os prelos da imprensa oficial, para publicação de decretos e claro, para garantir o conforto da família Real, que veio para a Colônia, que seria o seu novo lar.

Mas, a imprensa oficial não publicava tudo o que era produzido no país. A maioria das impressões eram os decretos reais, bíblias e livros permitidos pela Coroa. Porém, Portugal incentivou a criação de periódicos, que surgiam e imprimiam nos prelos oficiais. Toda a produção era avaliada por uma censura.

Com a tipografia se instaurando no país, periódicos foram surgindo e que mesmo com a censura, conseguiam transmitir suas ideias e auxiliar os brasileiros com esclarecimentos. Um destes exemplos é Hipólito da Costa, que fundou o primeiro jornal do Brasil, o Correio Braziliense, mas que era produzido e impresso na Inglaterra (onde o escritor e jornalista morava).

A missão de Hipólito era de esclarecer os brasileiros. Queria trazer o iluminismo que avançava em toda Europa para a Colônia de Portugal.

Em grande parte, a literatura e a imprensa brasileira se fundiram nas páginas dos periódicos, e eram disseminadas através do boca a boca. As leituras eram feitas nas praças e as pessoas faziam rodas para ouvir as histórias e as notícias.

Em 1808 não existiam jornalistas no Brasil. Então, quem se arriscava nos periódicos eram escritores, médicos, advogados, e qualquer pessoa que quisesse se aventurar nas páginas dos jornais. Estes primeiros jornalistas brasileiros sabiam que precisavam auxiliar o povo a encontrar seu caminho, e foram responsáveis por ajudar na Independência do país.

Então, a partir deste ano, nasce a literatura e a imprensa brasileiras. E para quem escreviam? Os ‘jornalistas’ escreviam uns para os outros e para Dom Pedro I.