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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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Arena Cultural

Som do Vanguart preenche espaços vazios enquanto Sodré faz da plateia sua tela

Foto: Olhar Direto

Som do Vanguart preenche espaços vazios enquanto Sodré faz da plateia sua tela
O público estava disperso na Arena Cultural Cuiabá na noite desta quinta-feira (12), no Memorial João Paulo II – Sesi Papa – até o momento em que a banda Vanguart subiu ao palco. Jovens, crianças e idosos buscaram espaços vazios, próximos à banda, e ali ficaram até o final do show, por volta de 1h desta sexta-feira (13).

O som do rock indie veio acompanhado pelo violino da única presença feminina da banda, Fernanda Kostchak, que além de se tornar integrante fixa a partir do terceiro disco de estúdio (Muito Mais que o Amor),  trouxe um toque mais delicado aos arranjos musicais da banda cuiabana.

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“Meu sol”, “Sempre que eu estiver lá”, “Mesmo de longe”, “Nessa cidade”. Nomes das canções do grupo que juntas até parece um poema trouxeram leveza ao público, majoritariamente de jovens e adolescentes, que em coro reagiram às ondas sonoras da banda.


Foto - Tchélo Figueiredo/ Secom

Já para os fãs que acompanham o grupo desde o início da carreira, em 2005, o Vanguart incluiu no repertório a música em que Hélio Flanders fez questão de recordar perante o público da Arena, “onde tudo começou”. Era a vez da já clássica "Semáfaro". O show desta madrugada revelou que a canção também vive nas lembranças do público com a mesma intensidade das memórias da banda, desde os "tempos" que o grupo cantava em festas independentes, como as do extinto Cuiabá Sk8 Park, no bairro Goiabeiras, em Cuiabá.

A saudade bateu em alguns espectadores que compareceram ao espetáculo principal da noite. Entre os espectadores, um era mais ilustre: o artista plástico Adir Sodré, que chegou envolvido em sua bandeira do Brasil. Confeccionada a partir de um longo lençol, antes branco, transformado em uma tela ‘andante’ que cobria o corpo do artista – vestido apenas com uma sunga samba-canção.

O resultado não poderia ser outro. Sodré transformou o público do Vanguart em "arte", ao ‘tingi-los’ com tinta fresca de sua bandeira. Chamado ao palco, o encontro entre os artistas terminou com uma troca de agradecimentos e um beijo na testa dado por Hélio, que em seguida declarou:“eu aprendi muito com esse cara!”.

Em casa, entre amigos e família os 'guris' do Vanguart sentiram-se acolhidos e retribuíram o carinho tocando como se nunca tivessem saído daqui, com humildade, carisma e empatia.

A festa foi encerrada com uma canção do inesquecível e, sempre solicitado, Raul Seixas, com a nostalgia da música ‘Ouro de Tolo’. Feita em 1973, a canção parece ter sido feita sob medida para o atual momento, pelo qual Cuiabá e o Brasil passam, uma conturbada Copa do Mundo. Raul estava certo, "Eu devia estar contente (...)”.
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