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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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Doença Assintomática

Movimento Saúde Unimed Cuiabá: Câncer de Prostata: informação é a chave contra o preconceito e salva vidas

Foto: Reprodução

Movimento Saúde Unimed Cuiabá: Câncer de Prostata: informação é a chave contra o preconceito e salva vidas
As piadas são diversas e comuns, até Tim Mathieson, marido da ex-premiê australiana, Julia Gillard, sugeriu certa vez em um evento para a equipe de críquete das Índias Ocidentais, que quando fossem fazer o exame de toque retal deveriam procurar uma pequena médica asiática.

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Mas, com o acesso às informações cada vez mais facilitado, as dúvidas e os preconceitos têm ficado para trás. “Observei que muitos homens procuram o consultório médico porque souberam que algum amigo, por exemplo, com a mesma idade, fez o exame preventivo de próstata, a doença foi identificada ainda no início, tratada e ele ficou curado. É comum, então, eles se sentirem de certa forma culpados por não terem ido antes, mas aliviados ao perceberem a simplicidade do exame, principalmente se não for detectada qualquer suspeita de tumor maligno. Então eles voltam regularmente”, comenta o médico urologista Carlos Eduardo de Almeida Bouret.

O toque retal é um exame imprescindível que avalia o volume, a consistência, presença de irregularidades e a sensibilidade da próstata e a recomendação da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), é de que ele seja realizado a partir dos 50 anos.

Segundo o especialista Bouret, uma indicação mais rigorosa aponta que o exame seja realizado a partir dos 45 anos: “para homens que tenham casos na família, em que o pai ou o irmão já tiveram câncer de próstata, é sugerido que procurem fazer o exame a partir dos 40 anos”, explica.

Outro exame que deve ser feito é o teste que mede a quantidade de PSA no sangue do paciente. A sigla em inglesa significa “Antígeno Prostático Específico”, uma proteína produzida pelas células da próstata. Pode ser realizada ainda, a ultrassonografia da próstata por via abdominal ou transretal.

É importante lembrar que estes exames vão sugerir a necessidade ou não de análises complementares para que se confirme ou afaste a presença do câncer de próstata. Ou seja, os exames de toque retal, ultrassonografia transretal e PSA são exames de rastreamento.

“Quando suspeitamos de que possa haver o câncer, solicitamos que sejam feitas biópsias da próstata, que dão o diagnóstico definitivo. Este exame é mais invasivo e necessita de analgesia venosa para que sejam feitas punções na próstata guiadas por ultrassonografia - pelo menos 12”, explica o especialista.

Assim como em relação a outras doenças, prevenir é o mais indicado, por isso é importante fazer visitas periódicas ao seu médico, manter os exames sempre em dia e procurar ter uma vida de qualidade, através da prática de atividades físicas e de bons hábitos alimentares, evitando carnes e defumados, por exemplo.

Segundo Bouret, o Ocidente registra maior incidência de casos de câncer de próstata: “em países orientais são mais raros. Acredita-se que seja por conta justamente da alimentação que, nesses lugares, é rica em vegetais e pobre em gordura. Uma pesquisa antiga sugere que a prevalência do câncer de próstata por ano em Xangai, na China, era de meio novo caso por milhão de habitante. Nesta mesma proporção, os Estados Unidos registraram 120 novos casos por ano”, explica o urologista.

Como todo câncer, o de próstata pode ser ocasional, independente de um causador específico, embora algumas condições sejam apontadas como: fator étnico, já que é mais comum e agressivo em homens negros.

Há ainda uma relação bastante forte com a hereditariedade, homens que o pai ou o irmão já tiveram a doença têm oito vezes mais chances de também desenvolvê-la. É uma doença rara abaixo dos 40 anos e a incidência começa a aumentar a partir dos 50 anos. Dois em cada três pacientes com essa doença têm mais que 65 anos quando recebem o diagnóstico. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a população masculina entre 50 e 70 anos já soma 30,6 milhões e são os homens dessa faixa etária que formam o grupo de risco para desenvolver a doença.

Segundo o urologista, trata-se de um câncer assintomático em que o tumor cresce lentamente na zona periférica da próstata, por isso inicialmente não provoca dor ou qualquer outra alteração que possa identificá-lo, a menos que sejam realizados exames.

“Quando descoberto no começo, radioterapia ou cirurgia são as formas de tratamento indicadas. Em casos avançados, em que houve metástase ou a doença invadiu outras estruturas, o tratamento é paliativo. Realiza-se, então, o bloqueio hormonal (quando bloqueia a produção de testosterona - hormônio masculino que faz o câncer se desenvolver) ou a quimioterapia”, explica Bouret.

Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) trazem que o Brasil registrará, em 2015, aproximadamente 68 mil novos casos de câncer de próstata, diagnosticados em uma população de 99 milhões de homens. Nos Estados Unidos, a estimativa é de 233 mil novos casos para uma população masculina de 159 milhões.

Embora o Brasil registre menos casos, a taxa de letalidade entre os diagnosticados é de 20%, enquanto nos EUA não chega a 12%, mostrando que aqui os casos de câncer de próstata matam mais.

Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de próstata é o mais incidente em todas as regiões do país (no Centro-Oeste o registro é de 47,46 por 100 mil homens) e o segundo mais comum entre os homens. Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo.

Prevenção – A Unimed Cuiabá, responsável pelo atendimento de seus 225 mil clientes, completa em 2015 quatro décadas de atuação na Capital de Mato Grosso incentivando práticas de prevenção em saúde que evitam a ocorrência de doenças como o câncer de próstata ou reduzem seus efeitos e consequências.
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