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Sábado, 18 de maio de 2024

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Casa Barão de Melgaço testemunha apresentação arrasadora do grupo Conversa de Botequim interpretando Noel e Wilson Batista

Foto: Marcos Lopes / AL-MT

Conversa de Botequim, no palco da Casa Barão de Melgaço: show inesquecível em

Conversa de Botequim, no palco da Casa Barão de Melgaço: show inesquecível em

É provável que Noel Rosa e Wilson Batista, de onde estiverem, assistiram com atenção e aplaudiram de pé à apresentação de gala do grupo Conversa de Botequim, no superlotado auditório da Casa Barão de Melgaço, noite desta sexta-feira (21). A performance apoteótica do vocalista Raoni Ricci, hora fazendo o estilo malandro de Wilson Batista e, por vezes imitando a verve irônica de Noel, teve a cumplicidade impecável dos músicos Rodrigo Rocha (percussionista e vocal), Juliana Grisólia (voz e pandeiro) e Andrea Rosa (cavaquinho) e dos convidados Flair Carrilho (violão sete cordas e diretor do musical) e Augusto César (sopro).


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À frente da apresentação do show ‘A polêmica de Noel Rosa x Wilson Baptista’, com raro bom humor, ninguém menos que o presidente da Academia Mato-Grossense de Letras (AML), advogado e imortal Eduardo Mahon, degustando discretamente um Old Par 12 anos. “É um momento em que abrimos as portas para a nossa cultura e, por isso, desejo agradecer cada um dos presentes”, afirmou Mahon, ao final do evento.

Mahon e Ricci contaram sobejamente o duelo musical travado na década de 1930, no Rio de Janeiro, entre dois dos maiores letristas brasileiros: Noel Rosa e Wilson Batista, depois batizado de ‘O Príncipe do Samba’. Ficou claro durante o espetáculo que a montagem de cada música foi muito bem pensada, de forma quase teatral.

“Noel era considerado o bom moço da Vila Isabel, enquanto Wilson Batista era visto como o típico malandro e, ainda, freqüentava terreiros de macumba, o que era muito criticado, na época”, recordou Raoni Ricci, para a reportagem do Olhar Direto.



Alguns dos principais clássicos do samba ganharam vida e interpretação delicada nas vozes de Raoni Ricci, Juliana Grisólia e Rodrigo Rocha. Foram 12 músicas – 10 do duelo – que agradaram em cheio ao público presente, composto por profissionais da música, médicos, advogados, escritores, jornalistas e sociedade em geral.

Desde o início, em 1933, quando Wilson Baptista escreveu o samba “Lenço no pescoço”, até 1936, quando Noel criou “Deixa de ser Convencida”, foram oito sambas – quatro de cada um – em resposta ao adversário. E, lógico, por conta da rivalidade, cada letra mais bela e bem elaborada que a anterior.

Serviço

Conversa de Botequim – Contato para Shows (65) 9646-1926, (65) 9972-4848 ou (65) 3621-4555


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